Plenário

Comunicações Temáticas / Cardiopatia Congênita

O período de Comunicações Temáticas da Câmara Municipal de Porto Alegre hoje (16/6) tratou do tema cardiopatia infantil. Abaixo, as manifestações dos vereadores:

TECNOLOGIA - Fernanda Melchionna (PSOL) disse que as novas tecnologias na área da saúde têm de ser colocadas à disposição da população para salvar as vidas de crianças com algum tipo de doença. Para ela, exames como a cardiografia fetal, que detecta problemas no coração de bebês, é uma destas tecnologias que precisa ser oferecida pelo sistema público de saúde. "Como é que um trabalhador que ganhe salário mínimo poderá bancar um exame como este na rede privada?" (MAM)

INICIATIVAS - Dr. Raul Torelly (PMDB) lembrou de iniciativas como a do dr. Paulo Zielinski, do Instituto de Cardiologia, que oferece ecografias fetais às gestantes nos postos de saúde. "Trata-se de um tipo de ação que tem de ser incentivada na rede pública." Acrescentou que, com os recursos hoje disponíveis na Medicina, crianças que teriam poucas chances de sobrevivência há alguns anos, atualmente têm grandes possibilidades de serem salvas. (MAM)

TESTE - Aldacir Oliboni (PT) sugeriu ao vereador Haroldo de Souza (PMDB), autor de projeto que cria o Dia Municipal de Conscientização sobre a Cardiopatia Infantil, que apresente também um projeto tornando obrigatório no SUS a ecocardiografia fetal. "Já temos em Porto Alegre, por força de leis aprovadas na Câmara, os testes da orelhinha e do olhinho. Devemos incluir este outro exame na lista do SUS." (MAM)

VERBAS - Airto Ferronato (PSB) disse que a participação do município na saúde pública é fundamental, mas salientou que é imprescindível a participação da União com verbas federais para financiar políticas de saúde que incluam exames obrigatórios como a cardiografia fetal. "Quando vejo dois jovens pais e seu bebê nesta luta, penso que temos de caminhar junto com eles para reforçar este trabalho." (MAM)

DEBATE – Ismael Heinen (DEM) disse que há 25 anos perdeu filho com nove dias de vida em razão de uma cardiopatia. Para ele, os legislativos precisam debater esse tipo de informação e ajudar a divulgar campanhas como a apresentada hoje. “Não é uma doença rara e aconteceu na minha família. Precisamos de divulgação e informação, mas ainda é pouco e temos que fazer mais”, lembrou Ismael. O vereador criticou a alta carga tributária no país e pondera que o trabalhador não recebe em troca serviços como saúde mesmo pagando seus encargos e tributos. (LO)

PREVENÇÃO – Elói Guimarães (PTB) destacou que o tema é de grande importância para a Casa em especial por se tratar de saúde, e defendeu medidas mais eficazes na área. “Há um princípio fundamental em medicina que é a prevenção. A cardiopatia congênita tem conhecimento, mas não tem tratamento”. Elói ainda avaliou que a medicina evoluiu, mas que não há, por vezes, a constatação de doenças por falta de equipamentos à disposição da população. “Faltam recursos para que isso possa ser atendido no momento certo”, lembrou ao defender exames preventivos e diagnósticos corretos. (LO)

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)

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