Comunidades cobram energia e saneamento básico

A precarização dos serviços públicos nas vilas do 4° Distrito foi o assunto debatido na reunião desta terça-feira (22/08), na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh). A iniciativa da pauta foi do presidente da Comissão, vereador Conselheiro Marcelo (PSDB), e faz parte dos esforços da Cedecondh em reunir de forma periódica comunidades da região do 4° distrito para sanar eventuais problemas.

A líder comunitária da Vila Recanto da Alegria, Joyce Cristina Souza, destacou a necessidade da regularização dos serviços de água, luz e esgoto. Segundo ela, esta é a principal preocupação nos dias de chuva, pois a comunidade não conta com esgoto, o que gera alagamentos na região. “Desde quando nós entramos, há seis anos, sempre foi assim”, afirmou.

Além dos alagamentos, ela também relatou dificuldades no acesso aos serviços de saúde e assistência social. A representante da comunidade Zumbi dos Palmares, Helen Rodrigues, e o líder comunitário da Vila Tio Zeca, Luís Antônio Farias, também reivindicaram melhorias no saneamento básico de suas comunidades. “É um descaso, a gente vive lá há mais de 50 anos e sempre foi assim”, revelou Farias.

 

O presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), Cristiano Roratto, garantiu que as demandas trazidas pelas comunidades serão atendidas. Sobre os atendimentos, Roratto explicou que existem critérios, como o de vulnerabilidade social, para o recebimento dos benefícios. 

 

O assistente administrativo da CEEE Equatorial, Rodrigo Abraão, garantiu que a regularização de energia das áreas será feita. “Nós temos previsto a regularização, o início das obras para essas localidades, para agora no final do ano, no início de novembro”, apontou.

 

Sobre a regularização do esgoto e de água potável, o engenheiro do Departamento de Água e Esgoto (DMAE), Ícaro Cezimbra, explicou que, por motivos técnicos e particularidades geográficas de cada região, não é possível a realização de obras de grande porte. Mas apontou que ações paliativas podem ser estudadas para cada comunidade.

 

Já a diretora de projetos sociais do Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), Leonora Toretto, falou que a pasta está à disposição da comunidade. De acordo com ela, é necessário diálogo com a população, priorizando os problemas enfrentados pelas comunidades.

 

Ficaram como encaminhamento o monitoramento e cobrança do que foi combinado na reunião, além de futuros encontros se necessário.