Plenário

Cor da bengala identificará nível de deficiência visual

Vereador Alvoni Medina
Vereador Alvoni Medina (Republicanos) é o proponente (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Os vereadores e vereadoras de Porto Alegre aprovaram, na sessão ordinária desta quarata-feira (29/9), projeto de lei que reconhece as bengalas longas das cores branca, verde e branca com vermelho como meio de identificação de pessoas com diferentes níveis de deficiência visual e como instrumento de orientação e mobilidade no Município. A proposta, de autoria do vereador Alvoni Medina (Republicanos), estabelece as cores das bengalas para identificar os seguintes níveis de deficiência visual:  branca para pessoas cegas; verde para pessoas com baixa visão; e branca com vermelho para pessoas surdocegas.

Conforme o autor, pessoas com diferentes graus de perda visual sentem a necessidade de alertar os demais cidadãos sobre a relação entre o uso das bengalas longas de determinada cor e o seu grau de deficiência visual. “São inúmeras experiências vivenciadas por pessoas que buscam autonomia, independência e reconhecimento em uma sociedade que, por sua vez, ainda não as identifica como parte de um grupo de pessoas com deficiência visual. Isso tem por base, inclusive, a concepção errônea de que todos os usuários de bengala são cegos, sendo que pessoas surdocegas e a grande maioria das pessoas com baixa visão também utilizam esse instrumento para orientação e mobilidade”, explica o parlamentar.

Medina acrescenta que ainda se notam diversos preconceitos com esta parcela da população. “Por exemplo, quando uma pessoa com baixa visão usa uma bengala para se locomover, é muitas vezes chamada de falsa cega, o que também ocorre quando ela lê uma manchete de jornal, faz alguns movimentos e ações sem ajuda de outra pessoa ou faz uso do celular com fontes ampliadas. Este Projeto de Lei busca ajudar a sociedade a entender que há uma grande variação de graus de deficiência visual, tal como ocorre com doenças oculares degenerativas que causam perda progressiva da visão, passando por diferentes níveis de perda visual até chegar à cegueira”, afirma.

Junto com o projeto, foi aprovada emenda que abre a possibilidade de o Município dar publicidade à lei, utilizando os instrumentos e mecanismos necessários à divulgação das informações sobre o uso da bengala longa e suas colorações.

Texto

Ana Luiza Godoy (reg. prof. 14341)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:deficiência visualcegosbengala