Cores de bengalas vão identificar diferentes tipos de deficiência visual

Os vereadores aprovaram, por unanimidade, na tarde desta quarta-feira (29/9), durante sessão ordinária, projeto em que município reconhece diferentes cores de bengalas como meio de identificação de pessoas com diferentes níveis de deficiência visual. A proposta foi apresentada pelo vereador Alvoni Medina (REP). As bengalas brancas vão servir para identificar as pessoas completamente cegas; as verdes, as que têm baixa visão; e as vermelhas e brancas, as que, além de cegas, são também surdas. Servirão, ainda, como instrumento de orientação e melhora na mobilidade, quer dizer, na capacidade que os que necessitam delas têm de se mover pela cidade. Conforme emenda do autor, a prefeitura, por meio de seus órgãos competentes e para conhecimento da população, poderá dar a mais ampla publicidade à nova lei, com o uso de instrumentos e mecanismos necessários à divulgação das informações sobre o uso da bengala longa e suas colorações. A lei entra em vigor assim que for publicada. O autor entende que a proposição é necessária porque as pessoas, em geral, pensam que todo mundo que usa bengalas é cego. Assim acabam manifestando preconceito com quem tem baixa visão e esteja, por exemplo, lendo uma manchete de jornal, usando um celular com letras e números gigantes ou se movimentando sem auxílio, por exemplo. Estas pessoas acabam sendo tratadas como falsos cegos. Por isto, entende, é preciso educar a comunidade para que todos entendam que existem vários graus de limitação de visão. Medina lembra que leis neste sentido já foram aprovadas em cidades como Aracaju, em Sergipe, Curitiba, no Paraná, Juiz de Fora, em Minas Gerais, em São Paulo e Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro. Projeto semelhante, só que para todo o pais, está em tramitação na Câmara dos Deputados.