COMISSÕES

Cosmam aborda falta de manutenção nos arroios em Porto Alegre

  • Reunião de Comissão - 28ª Reunião (Ordinária) da COSMAM – Os impactos da falta de manutenção nos arroios de Porto Alegre.
    Reunião da Cosmam tratou sobre a falta de manutenção dos arroios na cidade (Foto: Cristina Beck/CMPA)
  • Reunião de Comissão - 28ª Reunião (Ordinária) da COSMAM – Os impactos da falta de manutenção nos arroios de Porto Alegre.
    A discussão foi proposta e conduzida pelo presidente da Comissão, vereador José Freitas (Republicanos) (Foto: Cristina Beck/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião, na manhã desta terça-feira (22/08), para tratar sobre a falta de manutenção dos arroios na cidade. A discussão foi proposta e conduzida pelo presidente da Comissão, vereador José Freitas (Republicanos).

Freitas falou sobre a falta de manutenção nos arroios de Porto Alegre, e como as enchentes que acontecem quando o arroio transborda afetam a vida da população da cidade. “Já existe em Porto Alegre a barreira, essa barreira ecológica é útil, mas não é o suficiente”, afirmou o vereador. Ele pontuou que são necessárias atividades de desassoreamento em mais locais da cidade, pois o grande problema dos arroios, que geram doenças, enchentes e problemas aos moradores, é a quantidade de lixo acumulada nessas regiões.

O gerente de logística do DMAE, Lucas Homem, disse que foram investidos mais de R$ 29 milhões no desassoreamento na Capital, e foram feitos contratos para o desassoreamento em três áreas da cidade, na zona norte, zona sul e o arroio dilúvio. Homem disse que a troca do DEP pelo DMAE acabou causando alguns erros nos contratos que estão sendo revisados e resolvidos. “Alguns trechos que a gente não tinha previsto, algumas formas de dragagem que a gente não tinha previsto e que a gente tem tentado adequar os contratos”, afirmou. Ele ressaltou os critérios para escolher os trechos e elencar as prioridades, como quantidade de alagações, demanda de órgãos externos e facilidade de limpeza do local.

O representante da Defesa Civil, coronel Evaldo Rodrigues, contou sobre a necessidade dos cuidados com o curso d’água, principalmente nas áreas de risco da cidade, relacionado ao desassoreamento e às enchentes, que podem causar danos às moradias e acarretar mortes. “Temos toda uma perspectiva nova, recentemente, dois projetos de lei que passaram aqui pela Câmara de vereadores, onde estamos reformulando toda estrutura da Defesa Civil Municipal, que vai nos permitir ter uma ação mais efetiva nessas comunidades”, relatou.

O diretor de atendimento da Secretaria de Serviços Urbanos, Dilton Martins, explicou que a função da SMSURB é auxiliar o DMAE na questão das barreiras vegetais, que protegem o solo e dão estabilidade aos arroios contra o desmatamento. Porém, a infiltração das raízes acaba atravessando as construções em volta e causando risco a população. “Tem muitas árvores no leito dos taludes que as raízes estão rompendo tudo em volta”, explicou.

O diretor de monitoramento ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Luis Felipe, argumentou que a função da SMAMUS é o monitoramento e licenciamento vegetal e de fauna de Porto Alegre. “Servimos mais como suporte para o DMAE e para outras secretarias, estamos mais na parte de monitoramento e licenciamento das ações”, explicou.

O coordenador da Câmara de Mediação Tributária da Secretaria Municipal da Fazenda, Marcelo Fernandes, comunicou que há R$ 11 milhões em recurso da Prefeitura, empenhados para os serviços pluviais do município. “Para os grandes financiamentos de fundos municipais a gente precisa de um aval da União, especificamente quanto à garantia dessas operações”, disse.

Texto

Vinícius Goulart (estagiário de Jornalismo)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)