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Cosmam debate construção de novas unidades de saúde

  • Reunião para discutir sobre o status da construção das unidades de saúde Coinma, Leopoldina e Esmeralda. Na foto, Lisiane Vieira.
    Lisiane Vieira disse que estrutura da Unidade de Saúde Esmeralda necessita ampliação (Foto: Martha Izabel/CMPA)
  • Reunião para discutir sobre o status da construção das unidades de saúde Coinma, Leopoldina e Esmeralda. Na foto, representantes do Grupo Hospitalar Conceição.
    Helena Beatriz Silveira disse que aporte feito pelo GHC deve ser ressarcido pela prefeitura (Foto: Martha Izabel/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) realizou, na manhã desta terça-feira (17/8), reunião para discutir a situação da construção das novas unidades de saúde da regiões leste, norte e extremo-sul. A pauta da reunião foi proposta pelo vereador Aldacir Oliboni (PT), que recebeu as demandas dos servidores e da população que utiliza as unidades e que pedem ampliação e melhoria nos locais. O presidente da comissão, vereador Jessé Sangalli (Cidadania), destacou que o papel da Cosmam é importantíssimo quanto encaminhamento desta pauta, “pois os vereadores juntos podem intervir de forma efetiva na construção de alternativas para viabilizar recursos para a construção dessas novas unidades”.

Unidades de Saúde

Lisiane Vieira, gerente da Unidade de Saúde Esmeralda, explicou que a estrutura precisa de ampliação, pois não comporta a estrutura física atual. “Precisamos de mais consultórios e de uma sala de espera adequada. Temos duas equipes de saúde da família. Temos mais de 3 mil acessos de pessoas/mês.”

Acir Paloschi, do conselho distrital e local de saúde da Lomba do Pinheiro, ressaltou a importância da construção desse posto, pois existe uma área enorme na região que comportaria uma estrutura ideal, com espaço para o posto e para uma farmácia distrital. “A unidade de saúde atual não possui sede e paga aluguel; com a nova sede, teríamos mais espaço para atender a população de forma adequada.”

Luiz Airton da Silva, da Unidade de Saúde Leopoldina, do Grupo Hospital Conceição (GHC), lembrou que esse posto tem gerência do GHC e também do município, que ficou de entrar com o aporte financeiro. “Falta finalizar a planta estrutural com a parte elétrica, hidráulica e Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPPCI), e o conselho local ainda não teve um retorno positivo para poder avançar na construção da nova unidade.” Outra questão abordada por Airton é sobre o avanço da planilha de obra do município, na qual não consta a unidade do Jardim Leopoldina. “Precisamos avançar nesses pontos. Pedimos retorno do GHC, pois o que havia sido combinado é que o município entraria com o valor e o GHC gerenciaria a planta.”

Laone Simonette, conselheiro de saúde local da Unidade de Saúde Coinma, disse que existe um terreno reservado para fazer a unidade, mas essa obra está travada há muito tempo. “A única informação que temos é que a obra não havia sido aprovada ainda por falta de habite-se.” Simonette reforçou que houve um apontamento de R$ 1,5 milhão para a efetivação dessa obra. “Atualmente sofremos com a falta de espaço e estamos expostos à contaminação por covid-19, pela aglomeração que temos no momento. Temos também um projeto, através de uma emenda do ex-vereador Adeli Sell (PT), para ampliação de um complexo no local, mas esperamos a liberação do Executivo, que é muito aguardada pela população.”

SMS

Elmo Raupp, engenheiro da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), destacou que, em relação à unidade da Esmeralda, já existe a planta para a construção da nova unidade e que para algumas estruturas será feita uma plataforma. “Já temos um projeto das obras complementares, e ainda falta a finalização do orçamento e o da planta distrital, que ficará em aproximadamente R$ 2,5 milhões para a total construção da unidade, sendo o prazo final da obra de 12 meses”, explicou Raupp.

Quanto à Lomba do Pinheiro, o engenheiro informou que já foi elaborado um projeto arquitetônico e está sendo contemplada também uma base do Samu no local e parte da área distrital. “Na Lomba, será um projeto bem audacioso e uma obra grandiosa, ainda não conseguimos mensurar o valor total. Se fosse somente a unidade de saúde, seria de aproximadamente R$ 5 milhões.” Segundo ele, as unidades precisam de mais estudos, pois os projetos devem especificar sua viabilidade, pois não existe reserva orçamental para nenhum deles.

GHC

Helena Beatriz Silveira, representante do GHC, explicou que o hospital fez um acordo de pagamento de impostos à SMS que, legalmente, deveria ser ressarcido. “Esse acordo tinha diversas cláusulas, como a doação de uma parte monetária e a obrigação do Executivo em fazer as obras da unidade Coinma e Leopoldina”, disse Helena.

Conforme ela, representantes do GHC estiveram com o Executivo esclarecendo todas essas cláusulas e sobre a unidade Leopoldina, que possui quase 14 mil usuários cadastrados, cinco equipes de unidade da família e quatro equipes de unidade bucal, bem como um espaço para atendimento, mas ainda está muito aquém do que realmente necessita. “O valor previsto é próximo de R$ 5 milhões para a construção do Jardim Leopoldina, e aguardamos o aporte da prefeitura.”

Em relação ao Coinma, Helena destacou que existem 6 mil usuários cadastrados, uma equipe da família e uma equipe da unidade bucal, e os projetos já estão quase concluídos. “O Executivo pediu uma matrícula para aprovação do projeto. O valor previsto é de R$ 4, 588 milhões. Na verdade, para essa unidade faltava somente um documento para a conclusão do projeto.”

Vereadores

O vereador Oliboni sugeriu que seja feita uma visita ao local das novas unidades a serem construídas para verificar o que é necessário para o andamento das obras. “E, para as unidades do GHC, é fundamental saber os valores necessários para a sua construção, a ampliação da oferta de serviço da atenção básica é fundamental." Segundo o vereador, já foram aprovados, na Câmara Municipal, 75% de cobertura para essas unidades, mas só existe 50% atualmente”.

A vereadora Cláudia Araújo (PSD) disse conhecer melhor a unidade da Esmeralda e saber da necessidade das ampliações, mas que muitas vezes as obras se iniciam, porém não são finalizadas. “As novas unidades são fundamentais para o desenvolvimento da atenção primária, pois ainda temos muito que avançar; por isso, é importante a questão das emendas por parte dos vereadores.”

O vereador José Freitas (Republicanos) informou que existem muito locais na cidade para a construção das unidades e citou exemplo o Partenon, zona leste da Capital. “Sabemos que as obras travam no orçamento. O ideal seria ouvir o governo municipal e pedir prazos para essas obras e que priorizassem aquelas unidades mais precárias  para a população.”

Encaminhamentos

Como encaminhamento, os vereadores da Cosmam sugeriram uma visita ao local das obras, a fim de detalhar o que é preciso para o andamento dos recursos necessários. Também vão buscar junto ao Executivo a viabilidade de cedência para a liberação do terreno da Lomba do Pinheiro e verificar o orçamento total a ser investido.

Também estiveram presentes as vereadoras Lourdes Sprenger (MDB), Psicóloga Tanise Sabino (PTB) e demais representantes de segmentos da saúde municipal. E, como pauta da Cosmam para a próxima terça-feira, será discutida a questão da causa animal, maus tratos e encaminhamento de denúncias.

Texto

Priscila Bittencourte (reg, prof. 14806)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

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