Cosmam discute atuação das eMulti no sistema de saúde
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre tratou nesta terça-feira (26/11) da atuação das eMulti (Equipes Multidisciplinares) na atenção primária do sistema de saúde público municipal. A reunião foi proposta pela vereadora Psicóloga Tanise Sabino (MDB), que destacou o trabalho feito por essas equipes nas unidades básicas de saúde.
A diretora de atenção primária da Secretaria Municipal de Saúde, Vânia Frantz, apresentou o trabalho realizado até o momento nas unidades e as perspectivas para a continuidade do atendimento. “Nós tivemos uma ampliação das eMultis agora em dezembro, mas o trabalho começou no início do ano com recursos humanos do próprio quadro do município.” Além disso, explicou como é feita a triagem de pacientes para as diferentes especialidades. “Quando o usuário mora naquele território, ele tem o direito de se cadastrar naquela unidade de saúde. A partir do momento que ele vai em um atendimento, é feito o acolhimento, que inicia por via de regra com a equipe de enfermagem e depois para a consulta, em que esse profissional vai identificar a necessidade de levar o caso para uma discussão posterior”, explicou.
O vereador Aldacir Oliboni (PT) questionou o atendimento a pacientes da rede municipal de saúde mental. Em resposta, a coordenadora de saúde mental e psicóloga da Secretaria Municipal de Saúde (SMU), Marta Fadrique, explicou que “quando chega um usuário que já tem um diagnóstico, a decisão é do médico de família que vai acolher o caso, pois primeiro vai ser identificar se ele vai necessitar de uma consulta conjunta, se vai passar por um psiquiatra ou se o próprio profissional pode fazer essa troca de medicação, por exemplo”, exemplificou.
A representante da coordenadoria leste, Denise Mattos, explicou como funciona o trabalho em conjunto dos profissionais de saúde das unidades básicas e as equipes eMultis. “Os pacientes que frequentam as unidades de saúde já são do território, as equipes já conhecem o caso, muitas vezes é aquele paciente que o médico já está tratando e o seu estado agravou. Por isso, esse profissional eMulti que está ali pode dar esse apoio”. Nesse sentido, exemplificou como funciona a integração entre os diferentes profissionais e equipes no atendimento. “Agora eles têm com quem dialogar, trocar experiências e ter esse suporte no atendimento”, finalizou.
Por fim, nos encaminhamentos, ficou estabelecido que, após o período de seis meses, será feita uma nova reunião para apresentar o andamento dos trabalhos das equipes multidisciplinares. Além disso, foi sugerida uma consulta à Prefeitura para incluir no projeto os profissionais de neurologia nas unidades básicas de saúde.