Comissões

Cosmam e Cedecondh discutem a situação do Instituto de Cardiologia

  • Comissões pautaram a atual situação financeira e gerencial do Instituto de Cardiologia
    Lima disse que redução de repasses públicos afetou o hospital (Foto: Paulo Ronaldo Costa/CMPA)
  • Comissões pautaram a atual situação financeira e gerencial do Instituto de Cardiologia
    Reunião conjunta ocorreu na manhã desta terça-feira (Foto: Paulo Ronaldo Costa/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) e a Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) da Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniram nesta terça-feira (11/7) de forma conjunta para tratar do Instituto de Cardiologia. O proponente da pauta foi o vereador Alvoni Medina (Republicanos).

Medina ressaltou que o hospital é referência no município e percebe as lutas dos pacientes e funcionários da instituição para realizar o melhor atendimento. Relembrou que já foi realizada uma reunião com o prefeito Sebastião Melo e com a Secretaria de Saúde do Estado para tratar de soluções para o hospital. “Quando uma pessoa procura o Cardiologia, procura porque sua vida está em risco. E muitas vezes chega e não consegue ser atendida. Estamos aqui para dar uma resposta para a população e para saber daqui para frente como vai ficar o Cardiologia”, afirmou.

Representando o Instituto de Cardiologia, o diretor Gustavo Glotz Lima informou que o instituto precisa de toda a ajuda possível no atual momento, devido às atuais dificuldades por que estão passando. Nos últimos cinco anos diminuíram as cirurgias cardíacas realizadas, de 3.500 para 2.700.

Segundo Lima, a receita bruta de Porto Alegre caiu de R$ 147 milhões para R$ 135 milhões. Um dos grandes problemas da instituição é que vem sendo subfinanciada pelo SUS e pelo IPE Saúde. Explicou que o IPE fez um desbalanço das diárias médicas totais para manter alguns tratamentos oncológicos. “Nós estamos em tratativas com o IPE há mais de cinco anos, e não conseguimos ainda uma resolubilidade para isso”, disse. Além do subfinanciamento, foi implementada a portaria 3.693 que reduziu o repasse de insumos para o Cardiologia, como por exemplo os marca-passos. O hospital também possui sede em Viamão, Alvorada, Santa Maria e Brasília.

Representando a Secretaria Municipal da Saúde, a diretora da vigilância de saúde, Fernanda Fernandes, informou que a secretaria tem acompanhado toda a situação do hospital diariamente. Sobre os insumos, Fernanda informou que realmente houve uma redução no valor repassado após a portaria ser implementada. Somente na Capital a redução foi de R$ 16,2 milhões.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (Reg. Prof. 6062)