COMISSÕES

Cosmam promove seminário sobre doenças reumáticas

  • Comissão promove seminário em alusão à campanha no mês de “Outubro, Conscientização das Doenças Reumáticas”
    Seminário ocorreu no Plenário Ana Terra (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)
  • Comissão promove seminário em alusão à campanha no mês de “Outubro, Conscientização das Doenças Reumáticas”
    Vereador José Freitas foi o proponente do evento (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre promoveu na tarde desta sexta-feira (6) um seminário de conscientização das doenças reumáticas. O evento foi proposto pelo presidente da comissão, vereador José Freitas (Republicanos).

Freitas destacou que o seminário objetiva promover conhecimento sobre doenças reumáticas e fibromialgia, com foco nas causas, sintomas e tratamento. “Queremos fomentar esta discussão no município”, afirmou o vereador. Ele destacou que as estimativas são de que essas doenças atinjam cerca de 6% da população e ressaltou que as mulheres são desproporcionalmente afetadas.

O diretor de atenção ambulatorial, hospitalar e urgências da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Favio Telis, afirmou que “o grande desafio é pensar e montar uma estrutura permanente de atendimento ao público” com fibromialgia, doenças reumáticas, e pacientes com dor crônica, de modo a aumentar a qualidade de vida dessas pessoas. Ele destacou que estará operando em breve no posto do IAPI um ambulatório de traumato-ortopedia, e que a SMS discute a implementação de um ambulatório da dor no município, após a conclusão desse projeto.

Iara Cabreira, presidente do Grupo de Pacientes Artríticos de Porto Alegre, disse que “uma pessoa que vive com uma doença reumática, que é crônica e degenerativa, vai precisar ao longo de sua vida de muitos atendimentos, e de forma multiprofissional”. Os pacientes sofrem com abandono e solidão e “precisam ter acompanhamento, fazer atividade física, ter apoio emocional, participar de grupos de convivência para se manter ativos na sociedade”, afirmou.

Karen Prestes, da Associação Nacional De Fibromiálgicos e Doenças Correlacionadas (Anfibro), afirmou que “o paciente fibromiálgico sofre muito porque as pessoas não acreditam nele, em sua dor e em sua incapacidade”. Ela descreveu dificuldades impostas aos pacientes por conta da doença e cobrou políticas públicas que ofereçam um tratamento multidisciplinar aos pacientes.

Heloísa Campos, também da Anfibro, destacou a importância da empatia e da solidariedade envolvidas nos atos de ajudar os outros, a partir da compreensão com o próximo: “ser solidário envolve abraçar as causas e se tornar parte delas a partir de pequenas ações que podem ser praticadas no nosso dia a dia”. “A minha dor tem pressa”, afirmou.

O seminário prosseguiu com a apresentação de painelistas. Rosana Meyer, sanitarista da SMS, fez uma fala sobre a implementação no município da lei n.º 12.711/2020, que determina a obrigatoriedade de atendimento preferencial a pessoas com fibromialgia, e o Projeto Viver Mais e Melhor. A programação também tratou sobre o atendimento no SUS, o impacto das doenças reumáticas na saúde e na qualidade de vida, tratamento nutricional e apoio psicológico.

Texto

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)