COSMAM realiza seminário sobre saúde física e emocional da mulher

Na manhã desta terça-feira (07/03), a Comissão de Saúde e Meio Ambiente (COSMAM) realizou um seminário para discutir a saúde física e emocional da mulher. O evento foi presidido pela vereadora Psicóloga Tanise Sabino (PTB), que ressaltou a importância destes encontros para a orientação e avanço na luta dos direitos das mulheres. “Lutar pela igualdade de gênero, pela representatividade das mulheres em todas as esferas, pela igualdade social, lutar contra a violência de gênero e pela educação”, destacou a parlamentar.

Representando a OAB/RS, a presidente da Comissão Mulher Advogada, Márcia Schwantes, trouxe dados sobre a violência contra as mulheres. No Brasil, mais de 50 mil mulheres sofreram diariamente violência no ano de 2022. Dentre os principais agressores, 31% são os ex-parceiros, 26% cônjuges, e 8,4% sofreram violência dos pais. “As pessoas não procuram, muitas vezes, ajuda por falta de provas, as violências acontecem na maioria dos casos dentro de casa”, informou Márcia.

A promotora de Justiça Karinna Orlandi ressaltou a importância da rede de apoio para as mulheres ou meninas vítimas de violência. Segundo a promotora, a Lei Maria da Penha é considerada pela ONU uma das melhores leis do mundo em termos de violência doméstica. “Este é um crime que as instituições têm dado um tratamento diferenciado, para efetivamente proteger e auxiliar esta vítima”, esclareceu.

A fisioterapeuta especialista em Uroginecologia Funcional e Regenerativa, Carla Becker, conversou sobre a incontinência urinária feminina. Conforme a fisioterapeuta, uma pessoa já é considerada com incontinência com apenas uma ou duas gotas de urina. Muitos dos casos podem começar a ocorrer por conta de exercícios de esforço, muito comum em mulheres de 35 a 50 anos.

A secretária adjunta da Justiça e dos Direitos Humanos, Caroline Moreira, ressaltou a importância de dar atenção a todas as diversidades e pluralidades. “Quando falamos de mulher, temos que pensar que existem também mulheres trans, mulheres indígenas, não binárias e travestis. E todas estas mulheres merecem um tratamento diferenciado. Nós sofremos mais violências”, ressaltou.