Comissão

Cosmam trata de demora na reposição de médicos em postos de saúde

  • Reunião de Comissão - 25ª RO Cosmam - A Desburocratização das contratualizadas da área da saúde de Porto Alegre.
    Vânia Frantz (esq.) explicou aos vereadores as dificuldades em contratar médicos (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)
  • Reunião de Comissão - 25ª RO Cosmam - A Desburocratização das contratualizadas da área da saúde de Porto Alegre
    Freitas (ao centro) solicitou reunião por preocupação com filas nos postos (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião na manhã desta terça-feira (1º/8) para tratar da desburocratização das contratualizadas da área da saúde de Porto Alegre. O proponente da pauta foi o vereador José Freitas (Republicanos), que conduziu a reunião.

Freitas ressaltou que propôs a pauta por conta das diversas reclamações das filas extensas em postos de saúde que recebe em seu gabinete. “Temos que trabalhar para que essas filas venham a diminuir ou até mesmo acabar. Principalmente quando se trata de especialidades. Na ortopedia, por exemplo, a fila é muito grande”, afirmou.

Representando a Secretaria Municipal de Saúde, a diretora da Atenção Primária, Vânia Frantz, explicou que existem pontos com falta de médicos e há uma dificuldade na reposição destes profissionais. O termo de colaboração prevê que as empresas parceiras possuem 30 dias para repor estes funcionários após a demissão e em sua grande maioria não é utilizado este prazo. “A gente tem conseguido trabalhar com nossos parceiros para que a reposição seja em tempo menor. Inclusive, a maioria deles já está organizando cadastros reservas e pessoas pré-selecionadas para que, a partir do momento que houver necessidade, seja feita somente a assinatura do contrato e exames médicos”, afirmou.

Vânia explicou que existem regiões com dificuldades de fixar médicos, não pela questão salarial, mas por problemas sociais de segurança ou acesso destes profissionais. Sobre as filas, é direcionado aos postos que não incentivem os pacientes a formarem filas, pois a prioridade é no atendimento humanizado e no acolhimento.  Segundo ela, hoje, a maioria das contratações é feita pelo programa Mais Médicos. São em torno de 70 médicos através deste programa federal.  

Representando o Conselho Municipal de Saúde, o coordenador adjunto Waldir Bohn Gass informou que o problema não é somente a agilidade para garantir a substituição de profissionais, mas também na defesa da saúde de qualidade mesmo com profissionais terceirizados. “Os trabalhadores da área sempre foram fundamentais na luta em defesa da saúde. Com as terceirizadas nós temos um trabalhador muito mais vulnerabilizado e com muito menos autonomia de ação militante”, disse.  

Segundo ele, existe uma carência de clínicas, laboratórios e hospitais de retaguarda para dar vazão aos atendimentos. Em um levantamento realizado, 60% dos atendimentos do Postão da Cruzeiro poderiam ser atendidos em redes básicas de saúde, o que acaba acumulando nas emergências.

Ficou encaminhado um pedido de informação dos contratos para que se saiba se estão sendo cumpridos. E solicitadas informações em relação às equipes dos postos de saúde, quais estão completas e o que está faltando em cada uma das unidades de saúde.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)