CPI da CEEE Equatorial realiza oitivas com representantes da empresa
Na manhã desta segunda-feira (24/06) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação da CEEE Equatorial realizou oitivas com representantes da empresa: o assessor de relações institucionais, Júlio Eloi Hofer; e o superintendente técnico, Sérgio Pinto de Castro Valinho. Na abertura da reunião, a presidente da CPI, vereadora Cláudia Araújo (PSD), leu um ofício de justificativa da ausência do convidado Bruno Cavalcanti Coelho, diretor de Recursos Humanos do Grupo Equatorial, encaminhado à relatora da Comissão, vereadora Comandante Nádia (PL). O documento explicava que o convidado desempenha funções em outras empresas do Grupo Equatorial e, portanto, não tem seu local de trabalho vinculado especificamente a Porto Alegre, cujo acesso está dificultado em função das enchentes. O ofício sugeriu que o depoimento seja colhido por procuração, por meio do diretor-presidente da concessionária, Riberto José Barbarena.
O assessor de relações institucionais, Júlio Eloi Hofer, iniciou esclarecendo que a CEEE Equatorial é uma prestadora de serviços à Prefeitura de Porto Alegre, bem como para outros municípios. De acordo com Hofer, o Grupo Equatorial tem uma metodologia de atendimento especializado para o setor público. Quanto ao evento de janeiro, ele afirmou que “o Grupo Equatorial busca melhorar seus serviços a cada oportunidade”, e garantiu que “a cada evento desses, a gente revisa o nosso plano de contingência”. Ele falou da importância de trabalhar preventivamente na estrutura da rede elétrica e que foi ampliado o número de funcionários de 4 mil para 6 mil atualmente. Sobre as jornadas extensivas de trabalho, ele disse que as jornadas são de oito horas diárias, podendo aumentar duas horas extras, com um limite máximo de 14 horas por dia e que após, o funcionário tem folga.
Em relação às estruturas dos postes, Hofer apontou que é uma responsabilidade compartilhada, “a estrutura de postes ela é toda da concessão pública”, afirmou, e que as empresas de telefonia também utilizam os postes da cidade, por vezes de forma desordenada. O superintendente técnico da CEEE Equatorial, Sérgio Pinto de Castro Valinho, complementou: “nós herdamos um parque elétrico bastante envelhecido” da CEEE pública, que não passava por manutenção há mais de dez anos. Segundo ele, a concessionária já trocou cerca de 30 mil postes.
Valinho contou que, em função dos eventos climáticos, o Grupo Equatorial tem um plano de trabalho junto à Prefeitura, em que foram “definidos circuitos prioritários, que atendem às unidades hospitalares e às estações de bombeamento de água e esgoto. Felizmente, neste primeiro trimestre de ações, frente às chuvas recentes na Capital, não tivemos mais eventos nos circuitos trabalhados”. Sobre a qualificação do trabalho, relatou que a Equatorial está fazendo parcerias com outras empresas de formação, para além da Setup.
Sobre os prazos de resposta para atendimento, conforme o superintendente, a depender da complexidade, o objetivo é que sejam atendidas as demandas no mesmo dia. Ele falou sobre investimentos na rede subterrânea na Capital, hoje são 17 profissionais no quadro próprio e chegarão a 28 para este fim. Quanto à terceirização da mão de obra, Valinho disse que as empresas terceirizadas parceiras da CEEE Equatorial são a Eficaz, na rede subterrânea; a Setup, na manutenção, atendimento e prestação de serviço comercial na rede aérea; a Conecta, assessoramento na região Norte e Sul; e a CGB, no atendimento comercial.
No encerramento da reunião, a relatora informou o novo calendário da Comissão.
Calendário da CPI:
1° de julho – Comissão recebe o presidente da CEEE Equatorial, Riberto José Barbarena.
3 de julho – reunião com a Aneel em Brasília. Perguntas serão colhidas dos vereadores por WhatsApp.
10 de julho – relatório da CPI será publicado no SEI.
15 de julho – será feita a leitura do relatório final e a votação.