Creches pedem retomada de atividades com programação e protocolo
A presidente do Sindicato Intermunicipal dos Estabelecimentos de Educação Infantil do Estado do Rio Grande do Sul (Sindicreches/RS) participou do Período de Comunicações da sessão ordinária desta quinta-feira (13/8). Carina Becker Köche lembrou que as creches particulares estão fechadas há 146 dias e o auxílio emergencial do governo federal - que possibilitou que as escolas mantivessem seus servidores, ainda que com redução de salários - está terminando esta semana e não há uma programação para a reabertura das escolas. Que o governo federal parcelou o pagamento de impostos, mas, o governo do Estado e a Prefeitura, não. Cobrou do município em especial e pediu o apoio dos vereadores para conseguir a criação do Comitê de Operações de Emergência em Saúde (COE) na Educação - já constituído em outras cidades - e o estabelecimento de protocolos para reabertura das escolas. Informou que Porto Alegre tem 700 escolas particulares que atendem exclusivamente crianças de zero a cinco anos. Que pesquisa do sindicato aponta que, em março, havia 90 mil crianças matriculadas neste tipo de creche e, em julho, este número caiu para 40 mil. O setor empregava 20 mil pessoas em março e, em julho, já haviam sido demitidas 5 mil. Cerca de 13% das escolas estavam fechando as portas e outros 41% também planejavam encerrar suas atividades. Que as creches não têm como pagar taxas de manutenção, aluguel, luz, internet e, agora, com o fim da ajuda federal, a folha salarial cheia.