Cruzeiro pede soluções para o PACS
Foi realizado nesta quarta-feira (23/5), na sede da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), audiência, em caráter ermegêncial, com prefeito José Fogaça, para discutir a situação do Posto de Saúde Cruzeiro do Sul (PACS).
Como encaminhamento da reunião será criado grupo de trabalho que ficará responsável pela elaboração de cronograma de ações para resolver os problemas do PACS. O grupo será composto por representantes do Executivo, do Legislativo, dos conselhos de gestão e distrital de saúde, trabalhadores e usuários do posto. A reunião foi coordenada pela presidenta da Câmara Municipal, vereadora Maria Celeste (PT).
A representante dos usuários do Conselho Gestor de Saúde do PACS, Elisabete dos Santos Freitas, pediu o apoio da Câmara Municipal para ajudar na interlocução com a prefeitura para resolver o problema do PACS. Elisabete pediu que a prefeitura não feche o PACS, pois, segundo ela, o posto atende em torno de 800 a 1.000 mil pacientes por dia. São pessoas que não tem nem condições de se deslocar para outro posto ou hospital, e vão ficar desamparadas de atendimento, ressaltou Elisabete. Sugeriu que fossem realizadas reformas emergenciais, mas com o posto aberto e atendendo a comunidade.
Elisabete cobrou ainda do Executivo a conclusão do projeto que prevê a reforma do posto. Disse que, no ano passado, a prefeitura deixou de aplicar para a restauração do prédio o valor de 2,4 milhões de reais, verba do governo Federal do programa de Qualificação de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (Qualisus), porque deixou de apresentar o projeto.
Maria Celeste lembrou que, em fevereiro deste ano, os vereadores visitaram o PACS para verificar as condições de trabalho e de atendimento do local. Em março, os parlamentares entregaram um relatório ao prefeito apontando todos os problemas detectados na vistoria, mas até hoje o governo não apresentou nenhuma solução ou retorno sobre o caso.
O presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, vereador Dr. Raul (PMDB), disse que a situação do PACS está insustentável e, por isso, cobrou do Executivo responsabilidade em resolver o problema do posto. Dr. Raul destacou ainda algumas providências imediatas para o posto, como a necessidade de mais leitos, a manutenção do local e aquisição de material de consumo para realizar os atendimentos.
O prefeito José Fogaça admitiu que existe problema de gestão, mas que o governo estará comprometido na busca de soluções para o PACS. Ressaltou que todas as vezes em que a prefeitura buscou o Ministério da Saúde para suas reivindicações, sempre foram atendido. Fogaça informou ainda que está previsto para o próximo ano uma verba do governo federal, através do Qualisus, no valor R$ 6,5 milhões.
O representante do Conselho Distrital de Saúde, Pedro Ribeiro, destacou um problema de comunicação interna entre a direção e os funcionários. Disse que não existe diálogo com a diretoria do posto. A direção até nos ouve mas não somos atendidos. Citou que duas pessoas para gerenciar 890 trabalhadores e atender todas as necessidades do posto não é suficiente.
Estiveram presentes também os vereadores Ervino Besson (PDT), Dr. Goulart (PTB), Maristela Maffei (PCdoB), Carlos Todeschini (PT), Clênia Maranhão (PPS), Aldacir Oliboni (PT), representantes do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul, do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, moradores da região e técnicos do PACS.
Alessandra Obem (reg. prof. 6784)