CUTHAB debate interdições do aeroporto Salgado Filho
A Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação (Cuthab) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião virtual, nesta terça-feira (03/10), para discutir os processos de interdição do aeroporto Salgado Filho. O proponente do assunto foi o vereador Jessé Sangalli (Cidadania) e a reunião foi conduzida pela presidente da comissão, vereadora Karen Santos (PSOL).
Sangalli falou sobre a dificuldade de realizar voos em neblina no Aeroporto Salgado Filho, causando atrasos e acidentes, e que, de acordo com o TAC, quando houver mau tempo, os voos serão suspensos. Porto Alegre é o único município que possui o regramento do TAC, ao invés da decisão do próprio piloto, se ocorrerá voo ou não, assim atrapalhando as operações em Porto Alegre. A neblina causa apenas atrasos. O que causa fechamento dos aeroportos, cancelamento de voos e perda de conexões é o TAC” afirmou o vereador.
O procurador geral da Agência Nacional de Aviação Civil, Gustavo Albuquerque, relatou que o posicionamento da ANAC é muito técnico em relação aos eventos climáticos e ocorrência de tempestades e raios durante operações de voo. “A ANAC defende a posição técnica de que a interdição do aeroporto não é uma opção correta, pois essa restrição não tem fundamento em legislação de aviação civil”, comentou.
A agente jurídica da Fraport, Paula Juruena, disse que a TAC suspende todas as atividades de pátio, ou seja, acarreta atrasos de voos, decolagens e cancelamento. “Só em 2023 já tivemos 29 horas e 34 minutos de interdição por conta de raios, afetando 224 voos e 26.627 passageiros”, explicou Paula, ainda ressaltando que alguns atrasos de pousos, causados por essa interdição, podem trazer riscos às viagens por questões de falta de combustível, ou alteração na malha aérea.