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Debate na Cece discute a educação domiciliar

  • palestra sobre Educação Domiciliar "Homeschooling".  Na foto, da esq.: Juca Gil, professora da FE/Unicamp, Luciana Muniz Ribeiro Barbosa (palestrante); professora Iana Gomes de Lima, vereador Cassiá Carpes, Aline Kerber
    Especialistas em ensino foram ouvidos na comissão (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)
  • Palestra sobre Educação Domiciliar "Homeschooling".
    Encontro foi realizado no Plenário Ana Terra (Foto: Leonardo Contursi/CMPA)

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) realizou, na tarde desta terça-feira (18/06), no Plenário Ana Terra da Câmara Municipal de Porto Alegre, uma reunião sobre educação democrática em parceria com a Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs/RS); e com a Associação de Mães e Pais pela Democracia. O evento, que focou no diálogo acerca da homeschooling (educação domiciliar), foi presidido pelo vice-presidente da Cece, vereador Cassiá Carpes (PP), mediado pelas representantes da Ufrgs, Iana Gomes de Lima; e da Associação, Aline de Oliveira Kleber. 

Na oportunidade, Iana destacou a importância da parceria. Mencionou que o debate faz parte do curso de extensão Educação Democrática, da Faced. Afirmou que a temática está em voga no país e relatou, ao informar que as reuniões são itinerantes, sublinhando o seguinte: "Discutimos questões relevantes para pensarmos a educação pública e democrática a todos os alunos e alunas do Brasil". 

"Acreditamos que não se constrói democracia plena sem educação, sem liberdade de cátedra, sem informação", ressaltou a presidente da Associação de Mães e Pais pela Democracia, Aline de Oliveira Kerber. De acordo com Aline, "prevalecem, no país, as práticas racistas, machistas, lgbtfóbicas". Por isso, para ela, "a educação serve como a semente do combate a tudo isso". No caso, a presidente ratificou a colaboração da educação entre família e o Estado, ao citar o artigo 227 da Constituição Federal/88, o qual menciona: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação".

Contextualização

"Se pensarmos a história da educação, nos deparamos com dois princípios antigos, do século XVI", contextualizou a representante da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luciane Muniz Barbosa, ao expressar a gratuidade e a compulsoriedade. Luciane comentou as ideias de Katarina Tomasevski, relatora da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a educação obrigatória. Falou que Katarina aborda a fundamentalidade do direito à educação como essencial para que as pessoas tenham acesso aos demais direitos. Assim como explicou o posicionamento do professor José Gimeno Sacristán. "Para Sacristán, a educação não combate totalmente as diferenças, mas minimiza a discrepância das desigualdades sociais". 

Durante o evento, também participaram o vereador Alvoni Medina (PRB) e representantes do estado, do município e demais interessados na matéria. 

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)