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Demanda por tratamento de saúde mental é debatida na Cosmam

  • Saúde mental
    Continuidade de tratamento é um desafio para os pacientes (Foto: @CristineRochol)
  • Reunião para prestação de contas, por parte da SMS, referente ao período de 2021/22 e perspectivas para 2023/24 em saúde mental.
    Tanise Sabino (PTB) conduziu a reunião desta terça (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre realizou reunião, na manhã desta terça-feira (14/03), para tratar das dificuldades, avanços e desafios na área da saúde mental em Porto Alegre. O tema foi sugerido pela vereadora Tanise Sabino (PTB), que conduziu o debate.

A vereadora comentou que a ideia é ver as dificuldades, avanços e desafios do município em relação à saúde mental. “Muitas pessoas me procuram questionando sobre o centro de autismo e centros de atendimento para esquizofrenia. Uma das principais queixas é o tempo de espera pelo tratamento da saúde mental”, comentou.

A diretora da atenção primária à saúde, Caroline Schirmer, informou que os maiores atendimentos realizados são para depressão e ansiedade. Outra questão é que muitos dos pacientes atendidos na atenção primária ficam na unidade por falta de vagas em clínicas especializadas.

Atualmente, menos de 3% das equipes de saúde prestam atendimento de saúde mental, mas 26 unidades devem iniciar atendimentos nos próximos meses. “Não é só colocar o paciente para ser atendido lá. Tem que ter equipe especializada. A ideia é qualificar os profissionais que fazem a porta de entrada na atenção primária. O paciente que não é grave deve ficar na atenção primária, para que os mais agressivos possam ter a atenção desejada”, ressaltou

A psicóloga da equipe da criança e adolescente Santa Marta, Sirlene Gindri, relatou a dificuldade de continuidade ao plano terapêutico para crianças e adolescentes. A alta geralmente ocorre assim que o paciente completa a maior idade. “Temos que ter um vínculo com as atenções primárias, um vínculo para seguir o tratamento a partir de adulto, para este paciente não se perder no caminho”, solicitou.

Representando a Coordenação Municipal de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde, Daniel Lenz Faria Corrêa informou que está sendo feito o treinamento da Guarda Municipal, que junto da SAMU atua em uma abordagem mais humanizada. Porém, as abordagens em vias públicas ou residências são tidas como de risco por perigo de a pessoa estar armada.

Texto

Eduarda Burguez (estagiária de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)