Disponível para download: Audiência discute desestatização da Carris
A Câmara realizou, na noite desta quinta-feira (12/8), uma audiência pública para discutir o projeto que autoriza o município a transferir a propriedade, seja através de venda, troca ou doação, da Companhia Carris Porto-Alegrense. Se aprovado, ele vai permitir que a prefeitura possa, também, ceder, no todo ou em parte, sua participação na sociedade, o controle de ações na bolsa de valores, seu poder de decidir em nome dela e de escolher quem vai comandar a empresa, transformar, fundir, dividir, fatiar, incorporar, liquidar, dissolver, extinguir ou desativar a companhia. Tem o direito, inclusive, de aceitar ser substituída, na hora de gozar de algum benefício ou receber algum crédito proveniente de algum financiamento. O próprio prefeito Sebastião Melo participou do encontro, coordenado pelo presidente da Câmara Márcio Bins Ely. Também estiveram presentes o vice-prefeito, Ricardo Gomes; os secretários de Parcerias, Ana Pellini; de Mobilidade Urbana, Cássio Trogildo; de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Cézar Schirmer; de Governança Local e Coordenação Política, Cássio Trogildo, de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Zachia; o presidente da Empresa Pública de Transportes e Circulação, a EPTC, Paulo Ramires; a cobradora Rosângela Machado; o motorista Marcelo Weber; o presidente do Conselho Municipal de Transportes, Jaires da Silva Maciel; o presidente da Carris, Maurício Cunha; o presidente da Associação Única dos Rodoviários Aposentados do Rio Grande do Sul (AURA), Sérgio Vieira ; a coordenadora do Instituto Brasil 200, Maria Eduarda Kroeff; os delegados sindicais Afonso Martins e Maximiliano da Rocha; o presidente do Sindicatos dos Lojistas do Comércio, Paulo Kruse; o presidente da União das Associações de Moradores de Porto Alegre, Pedro Dias; o presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Paulo Afonso Pereira; o passageiro usuário de cadeiras de rodas André Nunes; o presidente do conselho fiscal da Associação de Jovens Empresários, Nélson Fonseca Júnior; a deputada estadual Sofia Cavedon (PT) e o vice-presidente do Centro das Indústrias do Estado, Thômaz Nunnenkamp. O governo entende que a Carris tem uma capacidade de adaptação e resposta a queda – foi de 25% nos últimos quatro anos – no número de passageiros menor do que a necessária e que seu custo operacional impacta negativamente no preço das passagens que acaba, depois, tendo que ser cobrado por todas as outras empresas. Só no ano de 2019, a prefeitura teria tido que repassar R$ 16,6 milhões para que a companhia pudesse conseguir pagar as despesas necessárias ao seu funcionamento. Mas, durante a audiência, Maurício Cunha disse que o valor necessário para manter a Carris como uma empresa pública pode chegar a R$ 70 milhões em 2021. E é exatamente para acabar com a necessidade destas transferências é que se está pedindo licença aos vereadores para iniciar o processo de privatização. Ouça, a íntegra das discussões: