Disponível para download - Tragédia não vai provocar epidemia de transtornos psicológicos
Foi o que garantiu, hoje (18/06) pela manhã, durante reunião que discutiu o assunto, na comissão de Saúde, o professor e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trauma e Estresse da Universidade Católica. Christian Haag Kristensen explicou que a maioria (65,7%) da população vai precisar apenas dos chamados primeiros socorros psicológicos. Mas, uma parte (10,6%) dos diretamente atingidos pela calamidade provocada pela enchente pode, sim, apresentar quadros de ansiedade, depressão e estresse pós-traumático até três anos depois. O vice-presidente do sindicato médico do Estado, Fernando Uberti Machado, disse que a cidade deve criar 35 novos leitos psiquiátricos e aumentar - são nove - para 19 o número de equipes multidisciplinares, com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, disponíveis nas unidades de saúde até o final do ano. Participaram, ainda, da discussão, sugerida por Psicóloga Tanise Sabino (MDB), a presidente da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, Ângela Donato Oliva, a presidente da Associação de Psiquiatria do Estado, Ana Cristina Tietzmann, a diretora do sindicato dos Enfermeiros, Bruna Engelman Mincis, a coordenadora da área técnica da Saúde Mental da secretaria da Saúde, Marta Fadrique, a vice-presidente do sindicato dos Psicólogos, Bárbara Silva de Oliveira Maciel e o secretário do Conselho Regional de Psicologia, Luis Henrique da Silva Souza. Também estiveram presentes os vereadores Aldacir Oliboni (PT), Cláudia Araújo (PSD), Lourdes Sprenger (MDB), Mônica Leal (PP) e Ramiro Rosário (NOVO). Ouça e baixe a íntegra dos debates.