Tribuna Popular

Doação de órgãos é discutida na Câmara

    Tribuna Popular com a Via Pró-Doações e Transplantes (VIAVIDA).
Clarisa Garcez, da Viavida, destacou importância da conscientização das pessoas sobre o tema (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

O espaço da Tribuna Popular, da sessão ordinária híbrida da Câmara Municipal de Porto Alegre desta segunda-feira (4/10), foi utilizado por Clarisa Wolff Garcez, vice-presidente da VIA Pró-Doações e Transplantes (Viavida). Na oportunidade, ela falou sobre o Setembro Verde, mês de conscientização sobre a doação de órgãos e transplantes, e a respeito da divulgação da causa da doação de órgãos. A oradora afirmou que a causa “é de interesse de toda sociedade”. Citando o Dia Mundial da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro, lembrou que, a partir da Lei Estadual nº 11.308, foi instaurada a Semana de Doação de Órgãos no Rio Grande do Sul, criada em homenagem a cinco médicos gaúchos que, em 1º de outubro de 1997, durante deslocamento a Chapecó, faleceram em acidente aéreo, juntamente com dois pilotos.

 

Segundo Clarisa, a Viavida, que existe há 21 anos, além de trabalhar na causa da doação e transplante, “procura dar esperança, apoio para quem busca esse tratamento” e tem como objetivo maior “diminuir o número de pessoas em lista de espera para receber órgãos”. A oradora constatou que diminuiu o índice de doações no Estado, considerando a alta negativa familiar como um dos motivos. “Há muito mais chances de haver necessidade de recebermos um órgão do que sermos doadores”, alertou, lembrando que o Rio Grande do Sul já foi o segundo estado mais transplantador, enquanto hoje é o oitavo. Além da negativa familiar, Clarisa apontou a falta de informações e a pandemia como empecilhos para o processo.

 

A representante da Viavida contou que a entidade trabalha com um projeto em escolas estaduais, estimulando a discussão sobre o tema desde a infância. “Traz um retorno muito grande, pois as crianças levam o assunto pra casa e provocam a conversa com a família.” Clarisa citou uma pousada, com 20 vagas, onde são abrigadas pessoas que vêm do Brasil inteiro realizar procedimentos no Estado. “Ninguém está livre de ter a necessidade de um órgão”, afirmou, falando que Porto Alegre é referência nos transplantes.

 

Clarisa contou que as famílias “manifestam satisfação pelo gesto, agradecem muito aos receptores porque conseguem continuar com um pouquinho de vida no receptor”. Ainda segundo a oradora, “não existe benefício maior do que a família saber que aquele ente querido está vivendo, mesmo que seja uma pequena parte”. A entidade pediu apoio dos vereadores para ampliar seus projetos. Representando as suas bancadas, Cláudia Araújo (PSD), Pedro Ruas (PSOL), Giovane Byl (PTB), Lourdes Sprenger (MDB), Mônica Leal (PP), Aldacir Oliboni (PT) e Daiana Santos (PCdoB) falaram sobre o tema, fazendo uso do microfone de apartes.

Texto

Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Tópicos:Viavidadoação de órgãostransplante