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Entidades sugerem substitutivo a projeto de monumento ao feminicídio

Pórtico de entrada da Câmara Municipal. Fachada.
Pórtico de entrada da Câmara Municipal. Fachada. (Foto: Ederson Nunes/CMPA)

Durante reunião da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara Municipal, ocorrida no início da tarde desta quinta-feira (30/8), entidades ligadas aos direitos das mulheres entregaram um substitutivo ao Projeto de Lei 321/17. A proposta, protocolada pelo vereador Moisés Barboza (PSDB) por sugestão da Coordenadoria da Mulher da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Esporte, prevê a instituição de “homenagem às mulheres vítimas de feminicídio, constituída por um monumento com memorial”. Pelo projeto, o monumento deve conter placa com a relação dos nomes das vítimas e ser erguido no Parque Farroupilha, nas proximidades da Avenida João Pessoa.

A diretora do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Neusa Heinzelmann, entende que deva ser retirado da iniciativa o caráter de “homenagem”. Sugeriu que o projeto preveja a “instituição de um memorial, constituído por monumento”, e a retirada da placa com o nome das vítimas, “devido à necessidade, inviável, de atualização frequente da lista e para evitar a exposição das vítimas e de suas famílias”. 

Conforme a procuradora Especial da Mulher, vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), a intenção é contribuir com a iniciativa no combate à violência doméstica, a partir de construção coletiva junto a entidades como o Comdim e o Fórum Municipal da Mulher de Porto Alegre. “O monumento teria valor simbólico em termos de memória dos casos de feminicídio e também de prevenção. A abertura de um edital para que os artistas se envolvam na construção deste memorial já fomentaria o debate e ajudaria na prevenção de novos casos”, sugeriu. 

As sugestões apresentadas serão analisadas por Barboza.

Texto: Cibele Carneiro (reg. prof. 11.977)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)