DIREITOS HUMANOS

Escolas precisam ensinar sobre o golpe e ditadura

Vereador Pedro Ruas destacou que o legado do filme Nós Ainda Estamos aqui significa a abertura de um clima favorável ao pleito visando incluir matéria sobre tema tão relevante no currículo escolar

Ruas participa de ato
Ruas participa de ato
Ato no Monumento aos mortos e desaparecidos
Ato no Monumento aos mortos e desaparecidos - Foto Jonathan Hirano

O vereador Pedro Ruas participou, nesta terça-feira (1º de abril), do Ato Unitário de Denúncia do Golpe e Celebração dos 40 anos da Redemocratização e Repúdio a Proposta de Impunidade aos Golpistas, realizado em Porto Alegre. Na oportunidade, o líder do PSOL na Câmara Municipal de Porto Alegre, vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Segurança e Direitos do Consumidor CMPA e integrante da diretoria da Associação dos Ex-Presos e Perseguidos Políticos (AEPPP/RS),  prestou homenagem aos presos e torturados presentes ao ato nominando cada um deles, e também citou os que foram assassinados pelo golpe e ditadura militar, cujos nomes estão impressos no Monumento dos Mortos e Desaparecidos do RS, na Avenida Edwaldo Pereira Paiva com Ipiranga., onde o ato foi realizado.

            Além dessa homenagem, o vereador destacou que uma das missões históricas, dos movimentos e associações que lutam por justiça e pelos direitos humanos, é conseguir mudar os currículos escolares, introduzindo matéria sobre o que foi o golpe e a ditadura.  Ruas enfatizou ainda, que além dos currículos escolares, é imprescindível promover palestras em ambientes diversificados sobre tema tão relevante do ponto de vista histórico, o que só poderá ser feito através de entendimento com lideranças de diversos setores. “Acredito que os muitos troféus obtidos pelo brilhante trabalho do filme Ainda Estamos Aqui, criaram um ambiente propício para buscarmos concretizar essas missões tão fundamentais para a garantia da normalidade democrática em nosso País e em respeito aos direitos humanos”, concluiu.

Os presos e torturados políticos presentes foram Paulo Carneiro, Sérgio Luís Bittencourt, Raul Carrion, Maria Ignês Serpa Ramminger (Martinha) e Solon Viola.  Entidades representativas da sociedade civil organizada prestigiaram a solenidade, entre essas a Associação Riograndense de Imprensa (ARI), representada pelo presidente de Honra da Associação Riograndense de Imprensa, jornalista Batista Filho. O presidente do MJDH, Jair Krischke participou e também discursou.

O Ato unitário de Denúncia do Golpe, Celebração dos 40 anos da Redemocratização e Repúdio a Proposta de Impunidade aos Golpistas foi promovido pela Associação de Ex-Presos e Perseguidos Políticos/Movimento de Justiça e Direitos Humanos/ Conselho Estadual dos Direitos Humanos/Comissão Direitos Humanos, Segurança e Direitos do Consumidor CMPA/ Comissão Memória Verdade Enrique Serra Padrós UFRGS e Comissão Memória Justiça PCdoB, com apoio da Comissão Cidadania e Direitos Humanos Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e os partidos PT, PCdoB, PSOL, PSB, PDT, REDE, PV, PTB e Centrais  CTB, CUT, UGT, CSB, FSP, FS, INTERSINDICAL e Movimentos sociais como MST, CONAM, UNE, UBES, UJS, JPL, JS-PDT e  ADJC, Fundação Caminhos da Soberania.

Na sessão plenária de segunda-feira (31/03) Pedro Ruas fez pronunciamento na tribuna da CMPA, destacando a importância de se relembrar o que aconteceu durante o golpe que deu início à ditadura militar no Brasil e contextualizou que haviam confrontos entre os golpistas, e que em 1984 os cidadãos brasileiros pediram pelas eleições diretas porque “não aguentavam mais a ditadura”, dando fim ao regime militar. Finalizou afirmando: “Essa tentativa ridícula do 8 de janeiro não tem a menor possibilidade de vingar, mas lembrem, principalmente as novas gerações, que de 1964 até 1985 a ditadura militar cometeu todos os crimes possíveis, caiu de podre e nunca vai voltar”.

 

Texto

Jurema Josefa /jornalista Gabinete

Edição

jurema josefa (MTB 3882/RS)