PLENÁRIO

Frente Negra Gaúcha é homenageada pelo Legislativo

  • Homenagem à Frente Negra Gaúcha, proponente vereadora Coletivo Cuca Congo.
    FNG foi fundada em 2019 (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)
  • Homenagem à Frente Negra Gaúcha, proponente vereadora Coletivo Cuca Congo.
    Leoti, Culau e Cuca Congo na homenagem de hoje no Legislativo (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)

A Câmara Municipal de Porto Alegre prestou homenagem hoje (18/3) à Frente Negra Gaúcha (FNG), associação civil sem fins lucrativos, de caráter educacional e cultural, de formação política e social de enfrentamento ao racismo no Estado. A ação foi proposta pela vereadora suplente Cuca Congo (PCdoB), representada na cerimônia pelo vereador Giovani Culau e Coletivo (PCdoB).

Culau afirmou que a homenagem é um marco no Plenário para a luta por políticas públicas que garantam vida digna ao povo negro. “Fazer essa homenagem hoje é dizermos que nós acreditamos que é possivel construir um outro futuro. E a Frente Negra Gaúcha, que logo completa cinco anos, é expressão dessa luta histórica de resistência que quer garantir ao povo negro dignidade, acesso às políticas públicas, saúde e educação”.

A organização foi criada em novembro de 2019 por um grupo de homens e mulheres negras, expressando sua inquietude contra a estrutura social de invisibilização racial, lembrou o vice-presidente da FNG, Érico Oliveira Leoti, ao agradecer a honraria. “Essa invisibilização que a estrutura social impõe faz com que nós tenhamos uma minoria esmagadora de representantes da população negra discutindo assuntos importantes da sua pauta diária. A Frente Negra nasce com o propósito de incentivar e fomentar movimento de estudo, de formação política da comunidade negra, para que ela passe a discutir de forma direta e por ela mesmo as suas questões do dia a dia”, afirmou Leoti.

Leoti pediu que as políticas públicas garantam a penalização do racismo como crime hediondo na Capital e em todo território nacional e o cumprimento da Lei N° 10.639, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. “Que a política de educação cumpra o que está previsto na lei, porque é através da educação antirracista que vamos eliminar as mazelas desse racismo que infesta nossa estrutura social”, reforçou.

Texto

Brenda Andrade (estagiária de jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)