Tribuna Popular

Frente quer tirar Marin da CBF

João Hermínio Marques de Carvalho e Silva, presidente da FNT Foto: Francielle Caetano
João Hermínio Marques de Carvalho e Silva, presidente da FNT Foto: Francielle Caetano
O presidente da Associação Frente Nacional dos Torcedores (FNT), João Hermínio Marques de Carvalho e Silva, defendeu hoje (4/4), na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre, a saída do atual presidente da CBF, José Maria Marin. Para João Hermínio, Marin não representa o futebol brasileiro, e a CBF, sob seu comando, é a "Confederação Brasileira das Falcatruas". O líder da FNT criticou também as federações estaduais de futebol, especialmente a Federação Gaúcha (FGF) por estabelecer preços que ele considera exorbitantes para os jogos dos campeonatos estaduais.

Para João Hermínio, Marin é exemplo de parasita que prejudica governos e entidades como a CBF. "O atual chefe do futebol brasileiro foi governador biônico, defendeu a repressão que resultou na morte do jornalista Vladimir Herzog e apoiou pessoas ligadas à ditadura militar, como o delegado Sérgio Fleury." 

O dirigente da FNT destacou que o movimento para tirar Marin da CBF já possui 60 mil assinaturas de apoio. "Devemos fazer justiça execrando publicamente estas personalidades. Marin não tem legitimidade nem envergadura política para organizar a Copa. Quem manda no futebol é o torcedor: ou eles saem por bem ou vão sair por mal. (Ricardo) Teixeira já saiu."

Segundo João Hermínio, "a FNT luta pelo futebol do povo, contra a elitização do futebol e contra a corrupção dos cartolas". Para ele, o modelo atual do Gauchão, por exemplo, é excludente. "O Gauchão tem a pior média de público entre os principais estaduais do país. O presidente da FGF diz que a culpa por estádios vazios não é o preço dos ingressos, mas isso só pode ser ironia dele. É insanidade mental achar que R$ 40,00 é preço popular." 

O presidente da Frente previu que o aumento no preço dos ingressos, "que subiu 300% desde 2003", vai levar os estaduais à falência. "A fuga do povo dos estádios é a primeira demonstração de que algo está errado. Futebol é cultura popular, não é teatro, é festa do povo, é identidade nacional."

Texto: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)