Grupo nativista Tchê Barbaridade recebe Comenda Porto do Sol
A Câmara Municipal de Porto Alegre concedeu a Comenda Porto do Sol ao grupo nativista Tchê Barbaridade durante o período de Comunicações da sessão ordinária realizada no Plenário Otávio Rocha nesta quinta-feira (27/11). A proposta é uma iniciativa da Mesa Diretora e foi liderada pela vereadora Any Ortiz (PPS), pela notoriedade do grupo como um dos principais representantes da cultura nativista da Capital no cenário brasileiro.
O Tchê surgiu em 1986, época em que acontecia uma verdadeira revolução cultural no Rio Grande do Sul, com a realização de dezenas de festivais nativistas. Atualmente, conta com 18 CDs e dois DVDs gravados, entre vários prêmios e Disco de Ouro.
Valorizando a cultura nativista e a produção local, a vereadora Any defendeu que homenagear o Tchê Barbaridade é remontar uma mudança na cultura nativista. A criação do grupo foi um marco, um verdadeiro ponto de partida para a ampliação do Movimento Tchê Music, além das fronteiras. O grupo entrou nos lares com uma proposta de felicidade, referenciando o cotidiano do povo gaúcho, os amores, a vida no campo e a felicidade fazendo parte da história do Rio Grande do Sul. Já com quase 30 anos de estrada, eles mantêm viva a nossa história e hoje, lotam os CTGs de todo Rio Grande, ressaltou Any, ao lembrar as canções famosas como Moça Fandangueira, Rio Grande Me Criou e Vida de Gaúcho, músicas de grande sucesso lembradas até hoje pelo público.
Trajetória de Projeção
Para o diretor artístico do Grupo, Paulinho Bombassaro, a homenagem parece um sonho. Queremos agradecer de coração à vereadora Any pelo reconhecimento. O nosso ramo musical não é fácil e este sucesso se deve a todos que estão aqui e também aos sócios fundadores, que eu levo um pedaço desta homenagem. Eles também merecem este pedaço de glória. Tivemos uma trajetória de bastante trabalho e sacrifícios. Viajamos milhares de quilômetros e muitas vezes não vimos os nosso filhos crescerem por causa disso, enfatizou Paulinho, ao dizer que os integrantes da banda escolheram Porto Alegre para viver.
O diretor salientou ainda que, na época da criação do grupo, em 1986, se discutia a importância da Tchê Music. Nós somos uma projeção folclórica. Vivemos uma revolução cultural muito grande nestes anos 80. Nosso grupo representa uma virada, uma grande mudança no país. Em algum momento, já conflitamos com o MTG. Dentro do estado nós fomos vistos como dissidentes. Mas, hoje, nós sabemos compor bem o que foi aquele momento, observou Paulinho.
Composição do Grupo
O Tchê Barbaridade é composto pelo diretor artístico, Paulinho Bombassaro, pela gerente administrativa, Veridiana Abrão, por Cristiano Vargas e Pablo Costa (vocais), Marcus Nons (gaita pianada), Ronaldo Bichara (gaita ponto), Giovani Fraga (contrabaixo), Rafael (guitarra) e Celio (bateria)
Vereadores
O presidente do Legislativo Municipal, vereador Professor Garcia (PMDB), presidiu a sessão e falou do seu orgulho em homenagear um grupo tão importante para a difusão da cultura nativista rio-grandense.
O vereador Bernardino Vendruscolo (PROS) destacou a importância do conjunto para a música gaúcha. Não temos uma definição pontual sobre nativismo e regionalismo, mas a verdade é que o grupo homenageado faz sucesso no Brasil inteiro, possivelmente até no exterior. Encerrou parabenizando a vereadora Any Ortiz pela proposição da homenagem ao Tchê Barbaridade.
Texto: Mariana Kruse (reg. prof. 12088)
Mauricio Macedo (reg. prof. 9532)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
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