Comissões

Hospital Parque Belém espera reabrir hemodiálise em 15 dias

Fernanda, Beto e Todeschini ouvem Biernat (d) na Cosmam Foto: Mariana Fontoura
Fernanda, Beto e Todeschini ouvem Biernat (d) na Cosmam Foto: Mariana Fontoura

A reabertura do setor de hemodiálise do Hospital Parque Belém, interditada desde 13 de abril, deve ocorrer em até 15 dias. Esta é a previsão do médico responsável pelo setor, o nefrologista João Carlos Biernat, que esteve, na tarde desta terça-feira (17/4), prestando informações na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam), presidida pelo vereador Beto Moesch (PP).

Biernat também manifestou preocupação com a qualidade da água de Porto Alegre. Segundo ele, a concentração de algas pode comprometer a saúde, principalmente dos doentes renais que fazem hemodiálise. Alertou que o problema também pode causar problemas hepáticos e neurológicos. Afirmou que o Dmae não tem prestado as informações solicitadas e revelou que o Hospital Parque Belém chegou a utilizar água de poço artesiano.

O representante da Vigilância Sanitária, Anderson de Lima, garantiu que os hospitais e clínicas de hemodiálise recebem água com tratamento especial, muito diferente da água que a população consome. Adiantou que um termo de ajuste deverá ser firmado junto ao Ministério Público, prevendo algumas adequações que o hospital terá que fazer, para que seja autorizada a reabertura.

Algas

O vereador Carlos Todeschini (PT) disse que, quando foi diretor do Dmae, enfrentou problema idêntico de proliferação de algas e revelou que, em 2003, esteve no limite de parar o fornecimento de água na Capital, devido à alta toxidade e lembrou que em 1996, em Caruaru (PE), dezenas de pessoas perderam a vida devido a algas com toxina letal no tratamento de hemodiálise.

A vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) pediu investimentos na área da saúde, lembrando que o governo federal cortou R$ 5,4 bilhões do orçamento previsto.

Providências

Beto Moesch disse que a Cosmam vai solicitar informações ao Dmae sobre a água e que encaminhará ao secretário municipal da Saúde os documentos entregues pelo Hospital Parque Belém e pela Câmara Técnica, que esteve presente à reunião. Também entregará ao secretário da Saúde um abaixo-assinado contendo duas mil assinaturas de moradores dos bairros Santa Rosa e Rubem Berta. A comunidade informa que faltam médicos e remédios na Unidade Básica de Saúde Ramos.

Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)