Idosos pedem melhor estrutura para prática de atividades físicas
A Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (CEDECONDH), da Câmara Municipal de Porto Alegre se reuniu nesta terça-feira (8/11), para debater as dificuldades encontradas pelos idosos para a prática de esportes na cidade. A pauta foi sugerida pelo presidente da comissão, vereador Cássia Carpes (PP).
Cassiá fez refêrencia ao seu projeto indicativo que institui quadras no Parque Marinha do Brasil para jogos de câmbio, um esporte praticamente idêntico ao vôlei, porém com regras adaptadas para atender as necessidades físicas dos idosos. "Devemos ampliar essa prática de esportes, porque quanto mais prática de esportes, há menos problemas de saúde." O vereador também afirmou que o esporte mais praticado pelos idosos no Estado, é a bocha, que une, exercita e relaxa os mais velhos.
O representante da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude no Comui, José Paulo Giacomoni, citou explicou que a partir dos 60 anos a pessoa que atingir essa idade deve conhecer seus diretos sociais e trabalhistas. Giacomoni disse que são "343 mil idosos em Porto Alegre e que houve melhorias na qualidade das praças e calçadas da cidade para dar conforto do idoso. Também apresentou um mapa das atividades que a secretaria faz nas praças e os campeonatos de futebol organizados pela prefeitura.
O vice-presidene da Fundação de Assistência Social e Cidadania, Cristiano Roratto, falou que a FASC atualmente atende, pelo serviço de convivência, cerca de 800 idosos, e mais 500 pela rede tercerizada, assim somando 1.300 idosos atendidos pela instituição semanalmente. Roratto afirmou que "a fundação, junto com a rede tercerizada, paga R$ 50,00 por atendimento, o que é uma miséria". Roratto disse que os serviços de convivência da FASC em relação aos esportes são extremamente carentes, pois são encontros com pautas de convivência.
O secretário-adjunto da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Mauricio Loss, explicou como são feitas as revitalizações das praças e áreas verdes, com instalação de academias ao ar livre. Loss citou a parceria com a Secretaria de Esportes para manutenção dos locais esportivos nas áreas verdes e parques. "Em relação às academias, esse trabalho ocorre desde 2003 através de um Grupo de Trabalho com representantes das secretarias de Meio Ambiente, Esportes e Saúde."
As conselheiras do Conselho Municipal do Idoso, Raquel Carboneiro e Eleonora Kehles, reforçaram a demanda pela instalação das academias ao ar livre para idosos. Disseram que já foram construídas nove dessas academias e geralmente estão perto de unidades de saúde, entretanto não são utilizadas "porque não temos um profissional de Educação Física dentro da Secretaria da Saúde". Segundo elas, a verba para construir as academias vieram diretamente de uma doação do Itaú, e com uma parceria entre o COMUI e a SMS, haveria a construção das academias ao ar livre para idosos, com manutenção e acompanhmento de um profissional de Educação Física, entretanto a SMS não possuía tal profissional.
O vice-presidente do COMUI, Ruy Pedro Baratz, criticou a forma como o municipio investe nas atividades relacionadas aos idosos. "Temos 344 mil idosos e apenas 2.500 são atendidos. Isso não chega a 1% da população de idosos". Reclamou da falta de profissionais para as atividades com idosos e da falta de atenção às demandas do conselho, mesmo que tenha verba para as atividades.