Plenário

Importância do bibliotecário é lembrada na sessão plenária

Tema lembrou data nacional, celebrada neste 12 de março

Período de Comunicações temático sobre a leitura, o livro, a escrita e os bibliotecários.
As bibliotecárias Neli, Luciana e Eliana com o vereador Paulo Brum na sessão desta tarde (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Durante a sessão ordinária, nesta quinta-feira (12/3), na Câmara Municipal de Porto Alegre, em período de Comunicação Temática, foi abordado o Dia Nacional do Bibliotecário, comemorado nesta mesma data. Na oportunidade, ao falar sobre o tema, a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia, Luciana Kramer Müller, lembrou que a profissão já é regulamentada há quase 60 anos, e lamentou dois exemplos de desrespeito à classe: O fato da biblioteca da Secretaria Municipal de Educação não ter mais uma bibliotecária na coordenação e a situação da Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães, que está a mais de um ano com horário reduzido por conta de falta de segurança. 

Já a presidente da Associação Rio-grandense de Bibliotecários (ARB), Neli Miotto, disse estar muito feliz em poder compartilhar um pouco da história da profissão e citou duas máximas que regem os bibliotecários: “todo leitor tem um livro” e “os livros são para serem usados”. Ainda segunda ela, quem tem a informação, tem o poder. Neli falou também sobre a fundação da ARB e sobre seus objetivos, que incluem a promoção de cursos, palestras e atividades na área para sempre aprimorar os profissionais. “Biblioteca é algo indispensável para a construção de uma sociedade. Precisamos buscar políticas que busquem isso, e pedimos a ajuda dos vereadores.” Ela disse ainda ser necessário que o país tenha leitores críticos e conscientes, de modo a poder ser transformado o atual contexto do Brasil. “A informação e o conhecimento se traduzem em liberdade. Ler é um ato político. Ler é resistir, e nós resistiremos.”

Para concluir as manifestações sobre a data, a diretora técnica do Conselho Federal de Biblioteconomia, Eliane Lourdes da Silva Moro, disse que a profissão de bibliotecário aproxima os seres humanos e oportuniza momentos de vivência. Proporciona acesso a informação, conhecimento e aprendizado, por isso deve ser respeitada por todos. “Somos atores e protagonistas em ações que buscam promover a cidadania.”

Vereadores

Na oportunidade, manifestaram-se sobre o assunto das Comunicações Temáticas os vereadores:

BIBLIOTECAS – “Somos um país que precisa ler mais”, disse Adeli Sell (PT), afirmando que “falta a base que precisamos nas escolas”, em referência a falta de monitores nas creches e professores nas escolas. Adeli falou que “muito por causa dos livros” ele está na posição ocupada hoje, e lembrou do trabalho da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura, a qual promove atividades de doações e trocas de livros, além de conseguir um computador para a Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães. “Precisamos trabalhar com bibliotecas abertas, que tenham recursos. Nós queremos leituras, livros a mãos-cheias”, completou, parafraseando Castro Alves. (RF)

BIBLIOTECAS II - Engº Comassetto (PT) caracterizou os bibliotecários como “guardiões, cuidadoras, sentinelas das casas onde moram os livros”, e disse que “muitas vezes têm obras que estão lá esquecidas e perdidas e vocês estão cuidando em nome da história, de perpetuar o conhecimento. A humanidade evolui muito graças a essa potência chamada livro”. O vereador citou a Biblioteca Municipal de Santa Maria, importante na sua formação e “bonita na sua estrutura”, além das bibliotecas de São Paulo e a Nacional do Rio de Janeiro como “as mais potentes do Brasil”. “Livros não podem ser rasgados, queimados e excluídos, precisamos torná-los públicos”, disse, defendendo que a “diversidade do olhar e pensar é o que faz evoluir a humanidade”. (RF)

Texto

Lara Moeller Nunes (estagiária de Jornalismo)
Rian Ferreira (estagiário de Jornalismo)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)