Homenagem

Legislativo destaca o Dia da Consciência Negra

Período de Comunicações em Homenagem ao Dia da Consciência Negra, proposição da Comissão Permanente de Promoção à Igualdade Racial (CPPIR) da Câmara de Vereadores de Porto Alegre
Data foi lembrada em cerimônia realizada no Plenário Otávio Rocha nesta segunda-feira (Foto: Fernando Antunes/CMPA)

Em período de Comunicações da sessão desta segunda-feira (20/11) da Câmara Municipal de Porto Alegre, foi destacado o transcurso do Dia da Consciência Negra. A proposta teve autoria da vereadora Karen Santos (PSOL), com apoio da Mesa Diretora da Casa.

 

Karen ressaltou a data e lembrou que durante cinco séculos de história, durante a transição do trabalho escravo ao remunerado, não houve nenhum tipo de política pública de inclusão da comunidade negra. “A mesma oportunidade que a comunidade alemã, que a comunidade italiana, que as demais comunidades que compartilham esse território chamado Brasil tiveram”, frisou.

 

De acordo com a parlamentar, o debate das ações afirmativas, apesar de importante, não é suficiente. “Direito à terra, direito ao território, direito a empreender, ter as mesmas possibilidades e oportunidades que os demais povos brasileiros“, disse Karen. A vereadora também questionou o desenvolvimento seletivo da Capital. Para ela, o crescimento de áreas específicas da cidade, como o Centro Histórico, a Orla e o 4° Distrito, evidencia o racismo estrutural que perpetua a segregação racial da Capital.

 

A presidente da Associação de Mulheres Empreendedoras Sociais, Karen Silva dos Santos, se disse feliz em ver a comunidade negra fazendo "o que faz há séculos", empreendendo. “Seja no esporte, cultura, arte, tecnologia, inovação, economia criativa, ambientes institucionais ou gerenciamento de negócios, nós, pretos e pretas, estivemos e estamos sempre presentes e potentes”,  enfatizou.

 

Ela reforçou que afroempreender vai muito além das várias formas que citou. É falar de futuro e dignidade para uma parcela da população que é vista de forma diferente pela sociedade por ser negra. “Neste 20 de Novembro proponho uma reflexão sobre o caminho que já trilhamos, os nossos ancestrais, e o quanto ainda teremos que trilhar em busca de uma sociedade mais igualitária”, concluiu.

Texto

Josué Garcia (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)