TRIBUNA POPULAR

Liderança apresenta demandas da comunidade indígena caingangue

Comunidade Indigena Kaingang, Mrur Tay,  discucute sobre a situação do povo Kaingang em Porto Alegre. Na foto, Iracema Gãh Té Nascimento.
Iracema Gã Té Nascimento (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

Apoio à luta da comunidade caingangue contra o projeto que altera o processo de demarcação de terras indígenas no país e flexibiliza o contato com os povos isolados e a criação de um espaço para que os caingangues possam apresentar sua cultura no Estado. Estas as duas principais reivindicações trazidas ao Plenário Otávio Rocha pela líder Iracema Gã Té Nascimento. Foi durante o período de Tribuna Popular da sessão ordinária híbrida – metade presencial e metade pela plataforma Zoom - desta segunda-feira (2/8). A oradora disse que falava com uma avó que sente na pele o que considera uma violação aos direitos dos índios. Iracema explicou que o lugar que a etnia pretende ter deve servir não apenas para que ela possa mostrar a sua cultura, mas, também a medicina caingangue e ser uma referência na formação de jovens lideranças e profissionais da área da saúde. Foi esta medicina, afirmou, que salvou aquele povo durante a pandemia.  A ativista pediu também que os vereadores ajudassem na preservação dos rios e das matas e lembrou que sem árvores não há oxigênio e que, se a poluição atingir as águas, não vai mais haver sequer o que pôr dentro das garrafinhas que as pessoas costumam carregar nas cidades. Por fim, disse que a luta dos caingangues é a mesma dos xoclengues, caioás, charruas e dos outros povos do restante do território nacional.

Texto

Joel Ferreira (Reg. Prof. 6098)

  • Iracema Gã Té Nascimento