Sessão ordinária / Lideranças e Grande Expediente
Na sessão plenária segunda-feira (21/11), da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereadores e vereadoras falaram em tempo de Lideranças e Grande Expediente sobre os seguintes temas:
VOTAÇÃO - Aldacir Oliboni (PT) prestou solidariedade a todos os cidadãos e cidadãs negros e negras pela semana da Consciência Negra. “É importante que nós vereadores e vereadoras possamos salientar e poder chamar a responsabilidade do poder público para essas políticas de inclusão e de combate a estas tão acentuadas desigualdades". O parlamentar destacou que aguarda ansiosamente que o procurador da Casa emita o parecer de dois projetos referente aos agentes de endemias e que estes estejam em condições de serem votados na sessão de quarta-feira. (23/11).
GESTÃO - Mari Pimentel (NOVO) fez um alerta aos demais que, segundo ela, as escolas do município estão há 21 dias sem merenda e sem cozinheiras. “21 dias que as nossas crianças estão em sala de aula sem alimentação adequada”. A vereadora acrescentou que 27 escolas de Porto Alegre estão sem portaria e que em algumas há excesso de materiais sem uma destinação efetiva. Para ela, falta gestão.
CONSCIÊNCIA - Karen Santos (PSOL) parabenizou a posse dos vereadores suplentes durante a Semana da Consciência Negra. "É sempre importante colocar que Porto Alegre é a cidade mais segregada racialmente do nosso país em relação ao rendimento, à taxa de natalidade, ao acesso à educação e à saúde". A vereadora ressaltou a importância do dia 20 de novembro e denunciou a desigualdade da Capital. “A Capital da segregação urbana, Capital das maiores denúncias em relação a discriminação e injúria”.
GOLPE - Cezar Schirmer (MDB) falou sobre "uma realidade que nos afronta, constrange, violenta e compromete o futuro do nosso país". De acordo com Schirmer, o que está acontecendo no Brasil é um golpe, é a implantação gradativa de uma ditadura sem precedentes que está sendo usada pelo Poder Judiciário. O vereador disse que o que está ocorrendo no país é um ato inconstitucional e abusivo de um dos poderes da República.
RESSENTIMENTO - Laura Sito (PT) apontou que política não deve ser feita com ressentimento. “O ressentimento é uma coisa que nos faz não ter capacidade muito nítida de leitura, nos faz dar peso e medidas a coisas de uma maneira desproporcional". Laura afirmou que, nesse momento de busca de reequilíbrio democrático, é necessário que o caminho das fakes news seja devastado e que existe a necessidade de responsabilização de pessoas pelos seus atos, para que assim se restabeleça a democracia. Ela também falou sobre o racismo estrutural.
AVANÇAR - Ramiro Rosário (PSDB) fez um pedido à prefeitura de Porto Alegre para que se identifique quais são os projetos que já foram encaminhados pelo poder público da Capital para inscrição no programa Avançar do governo do Estado. “Nós já tivemos empenhados no programa Avançar mais de 6 R$ bilhões do governo do Estado realizando projetos em quase a totalidade do estado do Rio Grande do Sul”. Ramiro cobrou da prefeitura o envio de projetos para o programa.
ACESSO - Pedro Ruas (PSOL) destacou que nos últimos dias, ao levar seu neto para se vacinar, se deparou com aplicação das doses da vacinação ocorrendo no 4° andar do Posto Santa Marta. “Dois elevadores no prédio, nenhum funcionando, chegavam pessoas paraplégicas, que obviamente não tinham o acesso”. Pedro Ruas se disse indignado quando a Casa debate algum tipo isenção de tributos. Pois não há dinheiro para manutenção do elevador do posto e as isenções não seriam corretas.
SAÚDE - Psicóloga Tanise Sabino (PTB) compartilhou com os vereadores seu compromisso com a saúde mental. “Nós temos visto, principalmente nesse pós-pandemia, que as pessoas estão adoecendo emocionalmente.'' Ela destaca o aumento de casos de depressão, ansiedade e suicídio, principalmente entre os jovens. Segundo a vereadora, existe uma lei que prevê que a rede municipal de educação tenha psicólogos e assistentes sociais nas escolas da Capital. Ela salientou a necessidade da viabilização do acesso à saúde mental.
PISO - Aldacir Oliboni (PT) pediu agilidade na tramitação de projeto de lei enviado à Câmara pelo governo municipal na tarde da última sexta-feira. “O governo está recebendo este dinheiro de fundo a fundo, este dinheiro está na Secretaria da Fazenda e os trabalhadores lá na ponta, na atenção básica, há sete meses não recebem o piso nacional da categoria." Ele criticou o que chamou de morosidade da prefeitura para com a pauta.
FEIRA - Lourdes Sprenger (MDB) fez um registro sobre o encerramento da 68° Feira do Livro de Porto Alegre. Ela destacou o retorno das atividades presenciais na feira e o aumento da venda de livros na edição deste ano. “Sessão de autógrafos, nós tivemos 521 autógrafos, 54 coletivas, 467 individuais e compareceram 1.429 autores." De acordo com a vereadora, foram vendidos 3.255 livros por banca, que em média dá 274 mil exemplares vendidos. Ela ressaltou a grande procura por cultura e sabedoria.