Lideranças

Discursos em tempo de Liderança

Os vereadores de Porto Alegre manifestaram-se, na sessão ordinária desta segunda-feira (15/5), sobre os seguintes assuntos:

ATAQUES - José Ismael Heinen (PFL) comentou a “onda de ataques” que envolve o Estado de São Paulo desde sexta-feira (12/5). Para ele, as mais de 70 mortes registradas são resultado de desmando e da falta de um estadista no Brasil. “Porque ele permite tudo e, com certeza, vai permitir que passe em brancas nuvens o assassinato desses agentes.” Acrescentou que se tratam de criminosos buscando benesses e que “é preocupante pensar que tudo isso é custo da manutenção do poder”. (AB)

PACTO - Nereu D’Ávila (PDT) disse que todas as forças políticas do Estado devem comparecer hoje, às 19h, na Assembléia Legislativa, para participar do pacto em favor do Rio Grande do Sul, proposto pelo deputado estadual Fernando Záchia (PMDB). “Nenhum governante poderá enfrentar sozinho os problemas do Estado. Se fosse uma empresa, a situação seria considerada pré-falimentar.” Segundo Nereu, o próximo governador terá de tomar providências que permitam administrar o Estado. (CS).

RESPONSABILIDADE – Raul Carrion (PC do B) afirmou que a responsabilidade pelas políticas do Estado de São Paulo é do PSDB. “Não podemos acusar o presidente Lula pelos fatos ocorridos”. Carrion ressaltou que o governo federal colocou 4.500 homens à disposição do governo paulista para a segurança, mas a ajuda foi rejeitada. O vereador afirmou ainda que se o Rio Grande do Sul continuar com a mesma política de segurança pública, reduzindo os investimentos, casos como o de São Paulo, Paraná e Mato Grosso podem ocorrer também no Estado. Carrion criticou a atuação de “determinados veículos”  de comunicação pela matéria desrespeitosa publicada em programa de TV, desconsiderando o trabalho dos vereadores.  (AC)

FRACASSO – Para Cassiá Carpes (PTB), todos os governos fracassaram em relação à segurança pública. Citou a contratação do sociólogo Luiz Eduardo Soares, na época do prefeito Tarso Genro, considerando-o ineficiente. Na opinião de Cassiá, os policiais estão “pagando o pato” pelo fracasso dos políticos. Afirmou que não é possível tapar o sol com a peneira, pois de um lado, em Brasília, se vê corrupção; e de outro os bandidos se vêm no mesmo direito. (AC)

DITADURA – Maristela Maffei (PSB) lembrou que os maiores índices de violência e de insegurança se deram na época da ditadura militar. Maffei afirmou que morreu muita gente naquela época e que hoje estas pessoas fazem falta ao país. Considera as políticas implementadas pelo ex-governador de São Paulo e atual candidato do PSDB, Geraldo Alckmim,  o responsável  pelo caos no sistema de segurança. Afirmou ainda que, se Alckmim for presidente, o Brasil poderá  voltar à  ditadura militar, às torturas, à política das quatro paredes e reviver casos como o massacre do Carandiru. (AC)

VALERIODUTO - Para João Antônio Dib (PP), os fatos ocorridos em São Paulo, durante o fim de semana, são de responsabilidade da Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Polícia Federal. Criticou a quantidade de marinheiros lotados em Brasília e ironizou: “Deve ser para navegar no valerioduto”. Considera que o governo de São Paulo cometeu um equívoco ao não aceitar a ajuda das forças militares federais para combater o crime organizado no Estado de São Paulo. (AC)

INSEGURANÇA – Luiz Braz (PSDB) considerou hoje (15) que o PT é o responsável pelo estágio de insegurança a que o país chegou nos últimos dias. “Lembro que os PT e os partidos coligados pregavam política de proteção a assassinos e estupradores, chegando ao cúmulo de deixarem os policiais com medo de qualquer tipo de enfrentamento”, disse. De acordo com ele, os policiais ficavam inseguros e com temor de receber punição caso enfrentassem os criminosos. “O PT e seus aliados fizeram com o que os aparelhos repressores do Estado ficassem amedrontados”. Para Braz, o PT  deveria devolver R$ 1 bilhão que roubou dos brasileiros. “Com este dinheiro poderia ser implantada política pública de segurança para os cidadãos honestos”. (RA)

REDUÇÃO - Ismael Heinen (PFL) falou sobre as manifestações ocorridas no plenário da Casa  sobre a onda de crimes em São Paulo. Disse que não aceita a comparação que vereadores fizeram dos incidentes com o regime militar. Afirmou que serviu à Forças Armadas, mas que é um democrata. Lembrou que, naquela época, não era necessário gradear casas, e os filhos tinham o direito de ir e vir. Comentou, ainda, os investimentos da Segurança Pública Nacional, que segundo ele vem sofrendo redução. Informou que, no ano passado, foram investidos cerca de R$ 475 milhões e até o mês de maio deste ano, apenas R$ 64 milhões. Ressaltou, ainda, que falta um estadista ao país. “O bandido faz o que quer e o presidente faz que não vê”, acrescentou.  (VBM)

PMDB - Sebastião Melo (PMDB) falou sobre a convenção extraordinária dos peemedebistas realizada no último fim de semana. Disse que saiu convencido que há espaço para a candidatura própria do partido e que esse nome seria do senador Pedro Simon. “Um partido político não pode abrir mão de um projeto nacional”. Afirmou, ainda que votar em Lula ou Alckmin é a mesma coisa. “Ambos têm projetos idênticos, como a concentração de renda, juros altos, e a corrupção. É preciso apresentar uma proposta de políticas públicas para que a população tenha alternativas. Lembrou que o PMDB é o partido que esteve à frente das grande lutas país liderando movimentos como a luta pela redemocratização. (VBM)

PACTO - Paulo Odone (PPS) - Lembrou que, no início de outubro, terá de ser escolhido o novo governador. Disse que já foram esgotadas várias alternativas e que o eleitor vai ter que ouvir a todos os partidos e analisar se a eleição será um concurso de fantasias ou se terá propostas novas. Defendeu um pacto político. Afirmou que o PPS, PSB e o PL estão firmando um pacto para que haja um profundo estudo e um pacto pelo Rio Grande. “Por isso vejo com simpatia  a proposta de pacto que está sendo conduzida pela Assembléia Legislativa. Afirmou que o PPS está aberto a todas as forças políticas, e que gostaria de contar com participação do PT e do PCdoB. Precisamos fazer um distanciamento do quadro político para viabilizar o novo governo. (VBM)

PRISÕES - Carlos Comassetto (PT) manifestou apoio à presidência do Legislativo em relação à publicação em um veículo de comunicação da capital que faz insinuações sobre  os serviços da Casa. Também comentou os casos de violência em São Paulo. Classificou o atual governo de “administração de choque”, que esnobou a oferta de reforço do governo federal. Observou que os jornais do mundo inteiro estão afirmando que o Iraque é no Brasil. Disse que o governo Lula vem fortalecendo a Polícia federal. Informou que houve um aumento de 33% no efetivo federal e que em 183 operações efetuadas pelo atual governo, ocorreram mais de 2.900 prisões, “muitos deles de peixe grande”, afirmou. Lembrou que no governo Fernando Henrique foram realizadas apenas 20 operações. (VBM)

Andréia Bueno (reg. prof. 8148)
Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
Alexandre Costa (reg. prof. 7587)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)
Vitor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)