PLENÁRIO

Sessão ordinária / Lideranças

Movimentação de plenário. Vereadores Cláudia Araújo, Cláudio Conceição, Pedro Ruas, Fernanda Barth e Presidente Hamilton Sossmeier.
Movimentação de plenário. Vereadores Cláudia Araújo, Cláudio Conceição, Pedro Ruas, Fernanda Barth e Presidente Hamilton Sossmeier. (Foto: Leonardo Lopes/CMPA)

Nos discursos de Lideranças da sessão ordinária desta quarta-feira (22/11), vereadores e vereadoras de Porto Alegre trataram sobre os seguintes temas:

ILHAS - Roberto Robaina (PSOL) disse estar na região das Ilhas, onde, de acordo com ele, falta água potável e as pessoas estão ilhadas. Ele também afirmou que a Defesa Civil não está no local. Robaina atestou que os moradores das localidades alagadas estão abandonados e que há a necessidade de a Câmara formar uma força tarefa para ajudar a população. (J.S)

DEFESA - Cláudio Conceição (União) comentou sobre a presença na sessão dos moradores da Vila Nova Brasília que estão desabrigados por conta dos alagamentos que atingem a Capital. Segundo o vereador, a Defesa Civil disse que foi ao local para verificar a situação, mas os moradores relataram que não foram visitados e nem avisados dos riscos. (EB)

INVASÃO - Adeli Sell (PT) afirmou que não foi o Guaíba que invadiu a capital, mas a cidade que invadiu o rio: “Estamos pagando o preço hoje em dia”. O vereador criticou o que chamou de demora da Prefeitura no acionamento do sistema de proteção de cheias e a falha de algumas comportas. Para Adeli, o sucateamento do serviço público e a demora em tomar ações efetivas ajudaram a causar as enchentes. (J.S)

ENCHENTES - Mari Pimentel (Novo) disse que a Capital negou as enchentes, pois a Defesa Civil não avisou aos moradores das Ilhas e de diversas comunidades que havia o risco de alagamento. Segundo a vereadora, faltam itens básicos de higiene e os abrigos têm condições precárias. “As famílias saíram das suas casas por causa das chuvas, e hoje chove dentro dos abrigos”, disse. (EB)

AÇÕES - Cláudia Araújo (PSD) apresentou um vídeo que mostra o que está sendo feito pela Prefeitura durante as enchentes. De acordo com ela, a Defesa Civil não recebeu nenhum novo chamado durante a madrugada desta quarta-feira, e, desde domingo, atendeu cerca de 1.830 pessoas no bairro Arquipélago. Há ainda uma força tarefa do Departamento Municipal de Habitação (Demhab) para ajudar a população das regiões afetadas, relatou. (J.S)

REALOCADAS - Fernanda Barth (PL) afirmou que é preciso uma análise de risco e que as famílias devem ser realocadas para áreas que não corram riscos de alagamentos. Barth ressaltou que o Dmae precisa de uma parceirização para investir em saneamento e esgoto. “Essas situações vão se tornar muito mais corriqueiras do que nós gostaríamos”, ressaltou. (EB)

PALANQUE - Comandante Nádia (PP) disse que “durante uma crise, o que desaparece das pessoas é a razão”, referindo-se à situação das enchentes em Porto Alegre. Nádia criticou as ações de alguns vereadores que, segundo ela, utilizam momentos de crise para fazer “politicagem”, afirmando que isso atrapalha e confunde o trabalho do Executivo. “Nós temos visto muita gente atrapalhando aqui, querendo fazer palanque político em cima da desgraça das pessoas”, criticou.

RESPONSABILIDADE - Pedro Ruas (PSOL) comentou que a ação a ser feita deve ser urgente e eficaz. Ele afirmou que os vereadores podem ajudar materialmente estas famílias, e não devem ser impedidos disso. “Estamos diante de uma emergência, que é responsabilidade do poder público”, ressaltou. (EB)

DESGRAÇA - Conselheiro Marcelo (PSDB) se disse incomodado com algumas falas de vereadores e com a forma que alguns de seus colegas utilizam a desgraça para, segundo ele, fazer autopromoção. Sobre as críticas à Prefeitura, ele questionou: “Todos os prefeitos de todas as cidades afetadas são culpados então?” Para Marcelo, as mudanças climáticas e alterações na natureza influenciam a situação. (J.S)

ISRAEL - Mônica Leal (PP) relatou que foi convidada pelo cônsul de Israel e pelo presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul para assistir a um filme sobre o ataque que o país sofreu no dia 7 de outubro deste ano. “Quem tentar justificar ou relativizar a barbárie, o massacre, a carnificina que houve no dia 7 de outubro é terrorista igual. É inadmissível o que eu vi”, disse. (EB)

Texto

Eduarda Burguez e Josué Garcia (estagiários de Jornalismo)

Edição

João Flores da Cunha (reg. prof. 18241)