Plenário

Mágico Tio Tony denominará rua na Capital

  • Mágico Tio Tony
    Mágico morreu em setembro de 2017 na Capital (Foto: Divulgação / CMPA)
  • Sessão Solene de outorga do Título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Angelo Domingo Pretto. Na foto, o proponente da homenagem, vereador João Carlos Nedel.
    Vereador João Carlos Nedel (PP) (Foto: Andielli Silveira/CMPA)

Está em tramitação, na Câmara Municipal de Porto Alegre, projeto de lei de autoria do vereador João Carlos Nedel (PP) que denomina Rua Tio Tony o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Três Mil e Seis, localizado no Bairro Mário Quintana. Se aprovado, as placas denominativas conterão, abaixo do nome do logradouro, os seguintes dizeres: Mágico e apresentador de TV.

Nascido em Rio Grande no dia 17 de novembro de 1942, Paulo Roberto Brito Martins aprendeu a fazer mágica ainda na infância. Começou a carreira em sua cidade natal, realizando espetáculos de teatro, nos quais começou a incluir números de mágicas, motivado por um curso que fez por correspondência. Em Rio Grande, não teve nenhum contato com mágicos profissionais, foi autodidata na arte do ilusionismo. Mudou-se para a capital gaúcha na década de 1960. Naquela época, já havia adotado o nome artístico “Tony”, que o tornaria famoso. O pseudônimo foi uma homenagem ao ator Tony Curtis, que interpretou o legendário mágico Houdini, em uma produção cinematográfica de 1953.

Nos anos 1980, tornou-se apresentador de programas para as crianças no Rio Grande do Sul, o que ampliou sua fama pelo Estado. Apresentou as atrações Carrossel Bandeirantes, na TV Bandeirantes, onde passaria a ser conhecido não mais como o mágico Tony, mas como o “Tio Tony”. Na TV Guaíba, apresentou o Programa Tio Tony e, já nos anos 2010, o Mundo Mágico do Tio Tony e o programa Parabéns, na TV Urbana.

Em 1998, liderou um movimento contra a divulgação de segredos mágicos no Programa Fantástico, com o quadro “Mister M”, à época a maior audiência da Rede Globo. Presidente da Associação dos Mágicos Gaúchos, Tony obteve liminar que suspendeu a exibição do quadro em um domingo. Posteriormente, em 2003, no julgamento de primeira instância, a justiça gaúcha reconhecia os danos causados aos mágicos pelo quadro “Mister M”. Em reconhecimento aos seus 50 anos de atividades, recebeu, em 2002, o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre. O mágico morreu em Porto Alegre em setembro de 2017.

Texto: Matheus Lourenço (estagiário de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)