MANDATO

Executivo atende 6 das 7 medidas de auxílio aos empreendedores de Porto Alegre sugeridas por Ramiro

Propostas voltadas aos empreendedores da Capital foram encaminhadas ao prefeito Sebastião Melo via projeto indicativo nº 33/202

Ramiro Rosário no Mercado Público. Foto: Jefferson Bernardes / Divulgação / Arquivo
Ramiro Rosário: “O balanço é extremamente positivo. Conseguimos auxiliar com ideias o prefeito Melo e sua equipe de secretários com o objetivo de reanimar o setor de eventos e o turismo de negócios em Porto Alegre, bem como auxiliar todos os empreendedores na retomada econômica pós-pandemia.” Foto: Jefferson Bernardes / Agência Preview / Arquivo (Foto: © 30MAY20 Preview - Banco de Imagens)

Das sete medidas de mitigação dos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus sugeridas pelo vereador Ramiro Rosário (PSDB) ao Executivo Municipal, seis delas foram atendidas completamente ou parcialmente e uma só não foi acolhida. As propostas voltadas especialmente aos empreendedores de Porto Alegre foram encaminhadas ao prefeito Sebastião Melo via projeto indicativo nº 33/202, que foi aprovado no dia 3 de maio pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor) da Câmara Municipal de Vereadores.

“O balanço é extremamente positivo. Conseguimos auxiliar com ideias o prefeito Melo e sua equipe de secretários com o objetivo de reanimar o setor de eventos e o turismo de negócios em Porto Alegre, bem como auxiliar todos os empreendedores na retomada econômica pós-pandemia”, avaliou Ramiro.

O prefeito aceitou e implementou a principal proposta de Ramiro: reduzir o Imposto Sobre Serviços (ISS) para o setor de eventos de 5% para 2%, que representa uma diminuição de 60% no valor do imposto. A medida vale para toda a cadeia produtiva, incluindo as contratações derivadas do setor de eventos, que inclui hotéis, espetáculos musicais, cinemas e outras modalidades de diversão pública. “Vivemos um novo tempo em Porto Alegre, onde agora diminuímos os impostos”, comemorou Ramiro.

O Executivo também acolheu a proposta de Ramiro de prorrogar os alvarás de atividades de baixo e médio risco. Na prática, o Executivo dispensou o alvará das empresas de baixo e médio risco, eliminando a necessidade de prorrogação. O vereador ainda pediu a isenção de taxas para feiras e eventos na cidade e a Prefeitura criou um pacote de pacote de medidas para incentivar a sua recuperação econômica do setor de eventos na Capital.

Por decreto, foram isentas as taxas para eventos gratuitos e reduzidos pela metade para aqueles com venda de ingressos, com limite de cobrança até 10 mil Unidades Fiscais do Município (UFMS), hoje cerca de R$ 40 mil. “A extinção dessas taxas reduz os custos das empresas que trabalham com eventos e, mais do que isso, incentiva a abertura de novos negócios”, comentou Ramiro. Uma outra medida será apresentada à Câmara, via projeto de lei: a extinção da Taxa de Fiscalização da Localização e do Funcionamento (TFLF) para todas as empresas.

Ramiro observou que o prefeito Melo teve sensibilidade ao reconhecer a importância de desonerar o setor de eventos e correlatos da Capital. “Precisamos projetar o pós-pandemia. Com o avanço da vacinação e a realização de eventos teste, este setor altamente atingido pela crise precisará de um incentivo para retomar seus negócios e recuperar o prejuízo”, disse o vereador.

ATENDIMENTO PARCIAL
Entre as iniciativas sugeridas por Ramiro, três delas foram parcialmente atendidas. A primeira foi o parcelamento do IPTU de 2020 e 2021. A Prefeitura ofertou um novo prazo para adesão ao parcelamento do imposto e criou o programa de recuperação fiscal RecuperaPoa, que contou com a aprovação do vereador, com descontos de até 90% nos juros e multa para quitação das dúvidas com o município.

A segunda foi a anistia das multas aplicadas ao comércio, indústria e serviços em decorrência do descumprimento dos decretos municipais de calamidade pública em 2020, que acabou sendo absorvido pelo RecuperaPoa.

A terceira sugestão do vereador contemplada de forma parcial pelo Executivo foi a suspensão das cláusulas de rescisão contratual por dívida nos contratos dos concessionários e permissionários em próprios municipais, como Mercado Público, por exemplo, por até um ano após o fim da calamidade pública provocada pela pandemia de coronavírus. Ao invés disso, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo decidiu não rescindir os contratos de permissionários inadimplentes por 90 dias.

Por último, a única medida entre as sete que foi recusada pelo Executivo foi a isenção da taxa de água e esgoto para o setor de serviços, comércio e indústria prejudicados pela bandeira preta em Porto Alegre, e o parcelamento de dívidas já existentes até dezembro de 2024. Em resposta ao pedido solicitado, a Prefeitura informou ser inviável atender a esta demanda, visto que haveria “uma repercussão financeira negativa sobre a arrecadação do DMAE, a ponto de comprometer a sustentação dos serviços essenciais”.

As propostas contaram com coautoria dos vereadores Comandante Nádia (DEM), Fernanda Barth (PRTB), Alexandre Bobadra (PSL), Mauro Pinheiro (PL), Hamilton Sossmeier (PTB) e Jessé Sangali (Cidadania).

Texto

Orestes de Andrade Jr. (reg. prof. 10.241)