Meio Ambiente

Exposição resgata contribuição de José Lutzenberger

José Lutzenberger Foto: Carlos Stein
José Lutzenberger Foto: Carlos Stein

Dentro da programação organizada para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de Junho), o Memorial da Câmara Municipal de Porto Alegre reapresenta, até 12 de junho, no saguão térreo da Casa, a exposição Lutzenberger. Composta de 20 banners, a mostra retrata a trajetória do ambientalista gaúcho respeitado mundialmente, tendo como base a biografia Sinfonia Inacabada, de Lílian Dreyer.

A exposição, que já esteve em cartaz na Câmara em 2007, pode ser visitada de segundas a quintas-feiras, das 9 às 18 horas, e, nas sextas-feiras, das 9 às 16 horas, na Avenida Loureiro da Silva, 255. Informações e agendamento de visitas orientadas de escolas e grupos no Memorial da Casa: telefones (51) 3220-4187 e 3220-4318.
 
O ambientalista

Nascido em 17 de dezembro de 1926, em Porto Alegre, José Lutzenberger formou-se engenheiro-agrônomo pela Ufrgs em 1950 e fez pós-graduação em Ciência do Solo na Lousiana State University (EUA). Trabalhou para empresas de adubos químicos, mas, em 1970, após 13 anos como executivo da Basf, passou a denunciar o uso indiscriminado de agrotóxicos e a dedicar-se à defesa do desenvolvimento sustentável. Em 1988, recebeu, na Suécia, o prêmio The Right Livelihood Award, considerado o Nobel Alternativo, sendo definido pela imprensa como “pai do ambientalismo brasileiro”.

Lutz, como era chamado, foi um dos fundadores da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), a primeira entidade ecológica da América Latina, e criou a Fundação Gaia. Escreveu diversos livros, entre eles Fim do Futuro? - Manifesto Ecológico Brasileiro, de 1976, e coordenou os estudos ecológicos do Plano Diretor do Delta do Jacuí, entre outras atividades.

Em março de 1990, foi nomeado secretário-especial do Meio Ambiente da Presidência da República, cargo que exerceu até 1992. Nesse período, teve papel decisivo na demarcação de terras indígenas, em especial a dos ianomamis, em Roraima, na assinatura do Tratado da Antártida, na Convenção das Baleias e na participação das conferências preparatórias da Conferência Mundial do Ambiente, a Rio-92. Morreu em maio de 2002, aos 75 anos.

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)

Ouça:
Exposição conta vida e obra de Lutzenberger