Câmara Virtual

Mesa diretora e Comitê de Crise tratam sobre coronavírus com adjunto da Saúde

  • Vista aérea da cidade de Porto Alegre.
    Porto Alegre: vereadores acompanham com Saúde municipal enfrentamento do Covid-19 (Foto: Tonico Alvares/CMPA)
  • Reunião on-line entre vereadores busca informações e soluções para próximos passos no enfrentamento ao COVID-19
    Reuniões virtuais são dirigidas pelo vereador Reginaldo Pujol, presidente da Câmara Municipal (Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA)

A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre, juntamente com o Comitê de Crise - formado pelo líderes de bancadas para tratar de questões ligadas ao enfrentamento da pandemia do coronavírus -, realizou reunião virtual na tarde desta quarta-feira (22/4). Na oportunidade o secretário-adjunto de Saúde Nathan Katz informou e respondeu questionamentos de parlamentares sobre o enfrentamento do Covid-19 em Porto Alegre. A reunião foi presidida pelo vereador Reginaldo Pujol (Dem) e coordenada pelo diretor Legislativo Luiz Afonso Peres. 

Perguntado sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e o seu uso por parte de servidores da saúde, Katz respondeu dizendo que não há falta dos mesmos na capital. “No início tivemos um descontrole em relação ao uso, mas esta questão está superada”, enfatizou. Em relação a disponibilidade de leitos de UTIs, disse serem feitos boletins diários por parte do Executivo sobre sua ocupação. “Não temos registro de outro município que informe com modelo semelhante ao nosso, em tempo real”. 

Sobre riscos de contato entre as pessoas, o secretário-adjunto disse não haver evidência literária que comprove isso. “Tudo que dissermos seria chutado, pois não temos estudos que demonstrem. Sobre os testes (PCR) que detectam o coronavírus, segundo Katz, há falta de insumos para que toda população seja testada. “Mas, o pouco que temos, estamos reservando para profissionais da saúde e casas geriátricas”.

Liberação

A respeito de liberação para que as pessoas saiam de casa, Katz ressaltou que o isolamento ainda é a melhor precaução: “Estamos construindo a possibilidade de abertura, mas sabemos que tem que ser um processo muito lento para não corrermos o risco de ter que rever nossa posição”. Ele enfatizou que, caso seja liberado de forma descontrolada, poderá haver o aumento do número de mortes. “Não adianta relaxar agora e nos depararmos logo ali na frente com um caos na saúde”. O secretário afirmou que este tema é pauta cotidiana no Executivo. “Mas sabemos que pisamos em ovos, pois não sabemos onde e quando isso vai acabar”.

Sobre o inverno que se avizinha no Estado, Katz falou que existem históricamente dois picos em relação à ocupação de hospitais por causas respiratórias no período. “O primeiro é no final de abril e o segundo em junho e julho. Mas, neste ano, não sabemos o que vai acontecer”, disse manifestando preocupação. Ele colocou ainda que não existe atualmente nenhum morador de rua com coronavírus na cidade.

Em relação a falta de respiradores nos hospitais, Katz comunicou que o município não consegue adquiri-los porque o Ministério da Saúde “sequestrou” toda a produção. “A demanda está sob a guarda do MS”. Ele ressaltou que não há perspectiva de compra pelo município devido a esse fato. Sobre o uso de máscaras no transporte urbano, enfatizou não existir estudo que comprove sua eficácia. “Por isso não podemos obrigar o uso”.

Médicos 

Ao abordar a questão da falta de profissionais em postos de saúde, especialmente de médicos, falou que esta é uma realidade. “Em função da judicialização da questão do Imesf não podemos contratar”, explicou. Em relação ao governo do Estado em relação as demandas do coronavírus, enfatizou que existe um alinhamento. “Podemos divergir em alguns pontos, mas em linhas gerais estamos nos entendendo”. 

O secretário também explanou aos vereadores sobre a situação atual na Capital. “Hoje temos 400 casos confirmados, 417 em investigação, 184 pacientes recuperados e 1.098 casos descartados”. Katz considerou os resultados positivos. “Só chegamos a esses números porque tomamos medidas restritivas desde os primeiros dias da doença na cidade”. Ao encerrar sua explanação, Katz disse que Porto Alegre tem controle da curva de crescimento de casos. “Nossa taxa de replicação hoje é inferior a um e a cada dia registramos menos ocorrências”,

Texto

Regina Andrade (reg. prof. 8.423)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)