Plenário

Museus, cidade e aniversário são citados em pronunciamentos de vereadores

Falta de diálogo com o Executivo e problemas da cidade também foram abordados.

  • Movimentações de plenário. Na foto, na tribuna, o vereador João Bosco Vaz.
    Vereador João Bosco Vaz (PDT) (Foto: Giulia Secco/CMPA)
  • Movimentações de plenário. Na foto, na tribuna, o vereador Adeli Sell.
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Giulia Secco/CMPA)

Na tarde desta quinta-feira (6/7), data em que a Câmara Municipal de Porto Alegre comemora seus 245 anos, vereadores e vereadoras fizeram os seguintes pronunciamentos no Plenário Otávio Rocha:

MUSEUS – Adeli Sell (PT) se disse muito preocupado com a situação do patrimônio histórico-cultural de Porto Alegre. O vereador revelou ter visitado páginas eletrônicas de diversos órgãos com acervos nessa área e lamentou que a maioria dos sites esteja desatualizada ou em reestruturação. Ele citou especialmente o Museu da Comunicação Social Hypólito José da Costa, na rua Caldas Júnior, onde existem “toneladas de periódicos, além de filmes, importantíssimos para a história do Rio Grande do Sul”. Adeli salientou que este, como outros – Museu Júlio de Castilhos, Memorial do RS -, são órgãos do governo do Estado, mas não têm Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI). (HP)

COLLARES – João Bosco Vaz (PDT) lembrou que, neste 7 de setembro, além de ser aniversario da Independência do Brasil, também Alceu de Deus Collares completa 92 anos: “E continua lúcido e estudioso, lendo muito”. O vereador lembrou que, como prefeito, Collares foi quem trouxe o Legislativo municipal para sua atual sede, no Palácio Aloísio Filho. “E esta casa (Câmara Municipal) está completando hoje 245 anos." Bosco destacou ainda que Collares, como prefeito, conversava com os vereadores e com a cidade. “Hoje não temos mais isso. Não temos mais entendimento. Não temos mais confraternização”, lamentou ao dizer que as dificuldades de diálogo com o Executivo prejudicam a cidade como um todo. (HP)

CIDADE – Cassiá Carpes (PP) lamentou o estado do Centro Histórico de Porto Alegre: “Nunca vi tão abandonado”. O vereador disse ter caminhado nesse bairro e observado, em vários locais, contêineres de lixo cheios, com mau cheiro e atraindo moscas. “O Centro é uma barbaridade, nada se faz.” Cassiá sugeriu ações, também em bairros e escolas da cidade, onde as secretarias municipais poderiam se cotizar fazendo cada uma sua parte para resolver problemas existentes. Ele, contudo, lamentou ainda que nem se saiba mais o nome das secretarias: “Viraram departamentos enfraquecidos”. Ao concluir, salientou que, mesmo seu partido sendo parte do Executivo municipal, não pode ficar parado “escutando o governo ruir e cair”. (HP)

EXECUTIVO – Para João Bosco Vaz (PDT), o Legislativo tem diversos assuntos a serem analisados diante da situação em que a cidade se encontra. A falta de diálogo da prefeitura com os vereadores e com a população foi um dos pontos debatidos por ele, que cobrou mais compreensão do Executivo em relação ao projeto que reajusta os valores do IPTU no município. “Os vereadores não vão aprovar esse projeto”, disse. No entanto, o vereador afirmou que os parlamentares estão dispostos a achar uma solução para a questão. Outro tópico comentado por João Bosco foi a falta de envolvimento do governo municipal em relação aos festejos farroupilhas celebrados no mês de setembro, e, também, o desinteresse do prefeito em não chancelar a realização do carnaval via iniciativa privada. (MF)

CIDADE II - Adeli Sell (PT) utilizou seu tempo para tratar do mobiliário urbano da cidade. Conforme o vereador, o projeto de lei referente ao tema, que está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, já foi assinado por 22 vereadores, tendo até o momento poucas emendas para apreciação. “Nós queremos ajudar e precisamos mudar o mobiliário urbano de Porto Alegre”, frisou. Ainda segundo Adeli, as paradas de ônibus devem ser prioridade e é preciso que as bancas de vendas se espalhem pela cidade, de forma que se possa conseguir equidade no setor comercial. "Esta Câmara pode ter um papel proativo", disse, ao defender mais atenção para o assunto. (MF) 

Textos: Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)
            Munique Freitas (estagiária de Jornalismo)
Edição: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)