Ecologia

Oficina de Fogão Solar encerra Semana do Meio Ambiente

Fachada do Palácio Aloísio Filho, sede da Câmara Municipal
Proposta foi explicada na manhã desta sexta-feira na Câmara Municipal. Foto: fachada do Palácio Aloísio Filho (Foto: Foto de Ederson Nunes/CMPA)

Oficina de fogão solar encerrou programação em comemoração à Semana do Meio Ambiente na Câmara Municipal de Porto Alegre. A atividade foi desenvolvida na manhã desta sexta-feira (7/6). O engenheiro Elmo Dutra Filho foi o responsável por apresentar e desenvolver o tema. Elmo, que trabalha há 20 anos com a iniciativa, iniciou a oficina explicando que, infelizmente, essa prática não é muito utilizada aqui no Brasil. “Existem cerca de 3,3 milhões de fogões solares sendo utilizados no mundo todo, porém, aqui no nosso país, mesmo tendo o benefício de termos sol o ano inteiro, as pessoas não têm essa cultura”, explicou.

O engenheiro trouxe exemplos de fogões solares que podem ser feitos por qualquer pessoa e podem ajudar comunidades carentes, nas quais a lenha e o carvão ainda são os materiais usados no preparo de comida. “Já contribui para a comunidade do Morro da Cruz, comunidade carente aqui da capital, utilizando sustentabilidade, design e produtos orgânicos”. Elmo explicou ainda que ele é rápido, portátil (pode até ser transportado enquanto se prepara a refeição, visto que não retém o calor no exterior, como um fogão convencional), versátil (pode assar e ferver), não queima brasas nem solta fumaça, funciona em qualquer época do ano e deixa a comida quente por horas, graças ao sistema que mantém o calor interno.

Como fazer

“Economizar dinheiro todo mundo quer. Se der para preservar a natureza ao mesmo tempo, melhor ainda. Ensinamos a fazer um fogão que funciona empregando o mesmo processo do efeito estufa”, destacou o engenheiro. Ele explicou que existem três tipos, o painel, caixa e o parabólico. A criação já está presente em diversas casas do nordeste brasileiro, especialmente por sua simplicidade. O fogão é feito com poucos materiais — como caixa de papelão, papel reflexivo e fita dupla face (com o custo do material de R$ 10,00). Embora demore três vezes mais para os alimentos ficarem prontos, o investimento compensa — além de barato, ajuda a poupar o dinheiro que seria gasto com gás. Além disso, como o fogão não atinge altas temperaturas, as refeições não queimam. Tudo isso sem poluir o ar.

Para saber mais, acesse: www.fogaosolar.net

Texto

Priscila Bittencourte (reg. prof. 14806)

Edição

Helio Panzenhagen (reg. prof. 7154)