Sessão Solene

Os Monarcas recebem o prêmio tradicionalista Glaucus Saraiva

  • Sessão Solene de Entrega do Prêmio Tradicionalista Glauco Saraiva ao Grupo "Os Monarcas"
    Cecchim, Lourdes e Gildinho na entrega do título hoje na Câmara (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)
  • Sessão Solene de Entrega do Prêmio Tradicionalista Glauco Saraiva ao Grupo "Os Monarcas"
    Grupo já tem 50 anos de carreira (Foto: Gabriel Ribeiro/CMPA)

Em cerimônia realizada hoje (9/6) na Câmara Municipal de Porto Alegre, o prêmio tradicionalista Glaucus Saraiva foi entregue ao grupo ”Os Monarcas”. A proponente da distinção é a vereadora Lourdes Sprenger (MDB). A Sessão Solene ocorreu no Plenário Otávio Rocha e foi conduzida pelo presidente da Câmara, vereador Idenir Cecchim (MDB). 

Lourdes destacou os 50 anos da trajetória musical do grupo, que, segundo ela, mantém a tradição da música gaúcha. “Os Monarcas são um dos conjuntos que preserva a autenticidade da música tradicionalista gaúcha e é também o de maior longevidade”. 

A parlamentar citou a história de vida do representante do grupo, Nésio Alves Corrêa, desde a infância até a fundação do grupo, os prêmios ganhos na jornada da música fandangueira e os títulos institucionais com os quais foram agraciados, como a medalha do Mérito Farroupilha, entregue pela Assembleia gaúcha. 

Em nome dos integrantes dos Monarcas, Nésio Alves Corrêa, o “Gildinho”, agradeceu pelo prêmio e às pessoas que ajudaram o grupo no decorrer desses 50 anos. "Quero dizer que valeu a pena em todos esses trabalhos que passamos, tantas alegrias também, valeu a pena, porque estamos hoje em um momento muito bom, recebendo essa grande honraria, o prêmio Glaucus Saraiva.”

História

Os Monarcas é um conjunto de música regionalista gaúcha com uma das carreiras de maior longevidade da música regional do RS. A criação do grupo ocorreu oficialmente em 1972, mas o grupo começou a ser esboçado em 1967, na cidade de Erechim, quando Gildinho (Nésio Alves Correa), juntamente com seu irmão Chiquito (Francisco Desidério Alves Correa), criaram a dupla Gildinho e Chiquito. Em 1974, juntaram-se à dupla os músicos João Argenir dos Santos (guitarra), Luís Carlos Lanfredi (contra-baixo) e Nelson Falkembach (bateria). Com esta formação de cinco músicos, o grupo gravou, em 1978, o primeiro LP, O Valentão Bombachudo, iniciando uma trajetória de sucessos e reconhecimento ímpar no cenário da música regionalista do sul do Brasil, gravando 26 álbuns em 28 anos de trabalho. Em 1988, com a gravação do LP Fandangueando, o grupo recebeu mais um integrante, Ivan Vargas, que permanece no grupo até os dias de hoje como vocalista.

A década de 1990, que trouxe o efetivo sucesso em termos de vendagem de álbuns, começou com uma mudança na estrutura do conjunto, coma saída de Chiquito. Para o seu lugar foi chamado o também acordeonista Leonir Vargas. Em 1991 foi gravado o primeiro grande sucesso de vendas do grupo, o CD Cheiro de Galpão, campeão de vendas no Brasil naquele ano, de todos os álbuns regionais lançados. A vendagem deste álbum rendeu ao grupo, em 1992, o primeiro dos quatro Discos de Ouro dos Monarcas. O terceiro veio a partir da vendagem de mais de 100.000 cópias do álbum "30 Anos de Estrada", no qual o conjunto regravou 23 grandes sucessos. Mais tarde, em 2004, o conjunto lançaria o álbum "Só Sucessos", que rendeu o quarto Disco de Ouro. Em 2016, gravaram o terceiro DVD em Nova Bassano, com os melhores sucessos e também músicas inéditas. Em 2021, Os Monarcas lançaram o mais recente álbum: Marca Monarca - Interpretando João Alberto Pretto. 

Texto

Josué Garcia (estagiário de Jornalismo)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)