Pedro Ruas luta em defesa do Instituto de Educação
Vereador considera o fechamento do estabelecimento de ensino como um desrespeito a história da educação no RS
O vereador Pedro Ruas (PSOL), classificou como um crime contra o ensino e educação a intenção do governador do Estado Eduardo Leite de transformar o Instituto de Educação Flores da Cunha numa espécie de museu. Em pronunciamento na sessão desta segunda-feira (08/11/2021), o vereador destacou sua participação em protesto na frente do estabelecimento de ensino que está em ruínas, fechado desde 2017. "Uma escola que faz parte da história do Rio Grande do Sul, com 152 anos de existência, fechada desde julho de 2017, corre o risco de não reabrir e, por iniciativa do governo do Estado, dar lugar a um museu, o que é um absurdo", disse Ruas. Ele relatou que sua mãe, Flora Fagundes Ruas, lecionou no IE por 25 anos e que ele e seu irmão Antônio lá estudaram, durante o primário, visto que somente meninas prosseguiam no Instituto, fazendo sua formação no curso Normal e seguindo a carreira de professoras. “Jovens de todos os recantos do Rio Grande do Sul estudaram no IE, uma escola pública de qualidade e com tradição na formação dos nossos valores”, disse.
O líder da oposição defendeu o retorno da escola para o local, após concluído o restauro do prédio histórico e que serão necessárias ações com vistas a garantir que o Instituto de Educação continue. " Se o Estado não quer o IE, então temos que propor sua utilização como escola ativa perante a Prefeitura de Porto Alegre", disse Ruas. O protesto que ocorreu no sábado, dia 06 de novembro, contou com a presença de educadores, pais, alunos, ex-alunos, entidades civis e diversas instituições, como o Cpers/Sindicato. Ruas participou junto com a deputada federal Fernanda Melchionna e outras lideranças políticas. Destacou que foi gratificante encontrar professoras do tempo em que lá foi aluno e recordou as inúmeras normalistas formadas no IE, que desenvolveram suas atividades de ensino por todo o Rio Grande do Sul. Por fim, afirmou que a resistência à desativação da escola se reporta à luta pela igualdade de oportunidades, aquela que, como diziam Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, “só se dá pela educação pública”.