Pedro Ruas quer rever extinções de fundações no RS

Em entrevista como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, projeto da TV Bandeirantes que está ouvindo pré-candidatos de todo o País, o vereador Pedro Ruas (PSOL), deixou claro que o seu Partido está dentro de um projeto nacional das esquerdas e também de vertentes democráticas de centro e direita, cujo objetivo é derrotar o presidente Bolsonaro. Na entrevista realizada pela jornalista Isabel Maga, dia 17 de março de 2022, Ruas destacou que entre seus projetos figura a revisão das extinções das fundações e empresas. Sustentou, também, que o PSOL manterá sua tradição de candidatura própria, no primeiro turno, e estará com Lula como apoiador no segundo turno. "Nossas coligações no campo da esquerda, para o primeiro turno, contemplam o PCB e o PSTU, mas no segundo turno o nosso projeto é o da sociedade brasileira que deseja derrotar o Bolsonaro".

O pré-candidato, líder do PSOL na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, destacou que seu plano de governo está sendo traçado pelo partido, por apoiadores, técnicos das diversas áreas, tendo como meta principal reduzir a fome e a miséria que é, segundo ele, uma tragédia nacional. Dessa forma, desde o projeto na área de educação, meio ambiente, segurança, economia, terá como missão, atender o contingente de esfaimados e que vivem na miséria.

Ruas também deixou claro que na visão dele e do seu partido entre as soluções para se criar condições de reduzir a miséria e alavancar o desenvolvimento, será a revisão dos projetos de isenções de impostos. Criticou a forma como o Fundopem é utilizado no RS, onde "os dez mais ricos estão na lista dos beneficiados, enquanto os micro, pequenos e médios, que precisam desse incentivo, não conseguem vencer a burocracia para chegar ao apoio".

Reverter as extinções de fundações e empresas, projeto do governo Sartori, que atingiu diversas Fundações como a Zoobotânica  e de Economia e Estatística, entre outras, estão nos planos do pré-candidato do PSOL ao governo do Rio Grande do Sul. Da mesma forma, Ruas condenou as privatizações feitas pelo atual governador Eduardo Leite, enfatizando que a possível venda da Corsan trará imensos prejuízos aos que necessitam de saneamento e água potável. "É natural que essas empresas queiram o lucro o que as desobriga de levar serviços onde vivem os mais pobres ou muito distantes. No momento todos os grandes bancos estão de olho no Banrisul, um banco que teve quase um bilhão de Reais de lucro em 2021, e que está presente na vida dos gaúchos em todas as cidades. Se privatizado, o cidadão ficará sem atendimento e os projetos de governo, para o desenvolvimento, terminam"

            Por fim, o entrevistado destacou sua visão sobre como enxerga as privatizações no Brasil. "Vejam o caso da Vale do Rio Doce, empresa que por muitos anos só trouxe benefícios. Em pouco tempo de privatização, a busca pelo lucro desmedido e a falta de mecanismos de segurança, culminou com perdas de centenas de vidas e destruição ambiental".