Pedro Ruas recebe homenagem
A distinção confere agradecimento da diretoria da Associação dos Ex-alunos e Alunas àqueles que se destacam com ações visando o bem comum na sociedade
O vereador Pedro Ruas, líder do PSOL na Câmara Municipal de Porto Alegre, foi homenageado pela Associação dos Ex-Alunos/as do Instituto de Educação Flores da Cunha (IEFC), em solenidade realizada na tarde desta sexta-feira (27/10/2023) no Clube de Cultura de Porto Alegre. Ruas, que recebeu um diploma da presidente do Conselho Deliberativo e sua professora Gladis Píres Marzullo, ingressou no Maternal do estabelecimento de ensino aos 3 meses, em maio de 1956, e ali concluiu o Primário.
A solenidade foi conduzida pela diretoria da Associação, tendo a frente a presidente Lourdes Leiva e contou com a presença da diretora do Instituto de Educação, Alessandra Lemes da Rosa. “Estamos homenageando os nomes indicados e selecionados na gestão 20/22 e 22/24, pois tivemos a pandemia”, explicou a professora Lourdes. “Pedro Ruas é um indicado da gestão 20/22. Como os demais homenageados, ele representa um ex-aluno que se destaca por atuar em favor da democracia e pela igualdade e liberdade e por buscar condições para se promover o bem social”, disse a professora Gladis. Pedro Ruas agradeceu e dedicou a homenagem à mãe Flora Fagundes Ruas, falecida em 2020, e que foi professora do IEFC. “Ingressei, através de minha mãe, com três meses na creche daquela escola e ali fui alfabetizado. É uma alegria muito grande receber essa homenagem, em especial da querida professora Gladis”.
Além de Pedro Ruas, foram homenageadas a professora, jornalista editora de Ensino do Correio do Povo, Maria José Vasconcellos, a deputada Federal Maria Rosário (PT) e a cantora rapper Negra Jaque (nome artístico). A deputada estadual Sofia Cavedon (PT) – que não é ex-aluna, recebeu homenagem por sua defesa e comprometimento com o ensino e sua luta contra o fechamento do IEFC. Maria do Rosário só pode chegar mais tarde na solenidade, por ter tido problemas de deslocamento de Brasília.
DEFESA DO IEFC E DO ENSINO
A manutenção do Instituto de Educação General Flores da Cunha como instituição de ensino foi defendida pelos homenageados. A Jornalista Maria Jose, destacou que até em respeito à sua trajetória, que ali fez sua formação e depois lecionou, está preparada para reivindicar perante a sociedade a manutenção da escola. De sua parte, Negra Jaque, (como Jaqueline gosta de ser chamada) a artista de Hip Hop que chegou aos 13 anos na escola, direto do Morro da Cruz e que ali fez o Magistério e depois seguiu formação na área de educação, também foi enfática. “No Instituto de Educação aprendi tudo o que hoje aplico na educação popular, ensino através da arte e dos recursos que disponho, em especial a arte que aprendi nessa grande e inspiradora escola. Pela sua importância na minha vida e de tantas pessoas, vamos lutar”, disse a ex-aluna.
“Transformar o Instituto de Educação Flores da Cunha (IEFC) em um museu, como planeja o governo, é um deboche contra o ensino, a educação. Precisamos de escolas, de mais vagas para a demanda existente e o Governo insiste em negar ou dificultar esse direito à sociedade gaúcha”, afirma Pedro Ruas. Segundo ele, ignorar o valor e a contribuição daquela instituição para o ensino rio-grandense é nefasto. “Essa escola está presente na vida dos gaúchos há mais de um Século e meio, do IEFC saíram as primeiras professoras que expandiram a oferta de mais ensino para todos os rincões do RS. Não é preciso virar um museu para ser história. A trajetória dessa instituição á a própria história”, disse Ruas.
O Instituto de Educação General Flores da Cunha é o mais antigo estabelecimento de ensino secundário e de formação de professores do Rio Grande do Sul. Fundado em 1869 e desde 1937 em sua atual sede, desempenhou um papel central na educação no Rio Grande do Sul. O prédio é tombado pela Prefeitura e pelo IPHAE, mas sua manutenção foi negligenciada. As obras de reparos iniciaram em 2016 e paralisaram por muitos períodos. O atual governo pretendia, em 2022, transformar o prédio histórico em um centro cultural, com a administração ou parte dessa pela iniciativa privada. Esse projeto foi rechaçado pelos professores, alunos, ex-alunos e sociedade gaúcha, através de várias organizações civis. No momento, o projeto do governo é transformar parte do prédio em um museu.