Lideranças

Os discursos de Lideranças da sessão plenária desta quinta-feira (24/5) trataram dos seguintes assuntos:

DIÁLOGO - Para João Antonio Dib (PP) falta diálogo entre a prefeitura e os funcionários municipais que estão em greve por melhores salários. Disse que já propõs reunião entre a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do Mercosul (Cefor), secretários municipais e lideres dos municipários, com o prefeito José Fogaça para se conhecer a real situação financeira do Executivo. “Precisamos saber se há recursos ou não”, ressaltou. Disse conhecer as dificuldades que o Executivo vem enfrentando desde o governo passado. “Na administração de Verle os funcionários não receberam um centavo de aumento”. (RA)

GREVES – Neuza Canabarro (PDT) manifestou-se preocupada com notícias sobre a situação de Porto Alegre. “Vejo greves, o PACS parcialmente paralisado e falta de segurança nas escolas”. Disse, porém, que estão questões não devem ser tratadas partidariamente. “É preciso uma grande reflexão”, considerou. Sobre o PACS ressaltou ser a questão da higienização a mais importante e pediu mais ação por parte do secretário da Saúde, Pedro Gus. “A população não merece esta situação”. A vereadora defendeu também uma revisão no salários dos professores municipais. (RA)

SAÚDE – Dr. Goulart (PTB) concordou com a posição de Neuza Canabarro sobre a falta de ação do secretário da Saúde. “É um problema de gestão, mas o prefeito Fogaça é inteligente e saberá administrar. Certamente se sairá bem”. Disse que os dados informados sobre os valores aplicados na saúde “não fecham” e que se alguém tentar fazer um levantamento, “não chegará a conclusão alguma”. Defendeu a necessidade de um levantamento sério e real sobre os valores aplicados, tanto em nível municipal quanto federal. “Hoje só sabemos que serão retirados da saúde 6 bilhões”. (RA)

FIOS – Almerindo Filho (PSL) comentou ação da Polícia Civil, na Zona Norte da Capital, que apreendeu 2 toneladas de fios de cobre, furtados de ruas de Porto Alegre. “É louvável a iniciativa, pois atitudes como essa coíbem prejuízos causados nos cofres públicos”. Disse que dos 2,5% de lâmpadas apagadas na Cidade, apenas 600 estão queimadas e que o restante está  desativado em conseqüência do furto dos fios. Almerindo defendeu ainda projeto de Haroldo de Souza (PMDB), que propõe a realização de cadastro para estabelecimentos que trabalham com fios de cobre. “Só assim coibiremos este tipo de ação, pois precisamos combater os furtos coibindo a recepção”. (RA)

CRIANÇAS - Maristela Maffei (PCdoB) disse estar recebendo denúncias de "uma nova forma de burlar" a eleição do Conselho Tutelar em Porto Alegre. Segundo a denúncia, candidatos que moram em determinado bairro pedem atestados de que prestam serviços comunitários, a fim de preencher os pré-requisitos exigidos. Maristela também lembrou o Dia Nacional Contra o Abuso e Exploração Sexual, comemorado no dia 18 de maio, e ressaltou que a exploração sexual de crianças e adolescentes é um fenômeno complexo e de caráter cultural. "Crianças abusadas ou exploradas sexualmente são marcadas para o resto da vida, com abandono da família e da sociedade." (CS)

CORRUPÇÃO - Sebastião Melo (PMDB) disse estar indignado em relação a casos de corrupção no Brasil. "A corrupção é um fenômeno mundial, mas Brasil chegou a estágio avançado." Segundo Melo, o cidadão comum não tem acesso a serviços básicos, "enquanto os vigaristas de Brasília tomam uísque". Na opinião de Melo, as CPIs não conseguem colocar ninguém na cadeia, punindo apenas os intermediários e não atingindo os principais atores da corrupção. O vereador defendeu a extinção das emendas parlamentares ao Orçamento, "fonte inesgotável de corrupção", a diminuição do número de cargos de livre nomeação e a mudança profunda no sistema eleitoral. (CS)

EDUCAÇÃO - Claudio Sebenelo (PSDB) afirmou que Porto Alegre trata mal as suas crianças. Segundo ele, o péssimo trabalho em relação às crianças é refletido na insuficiente estrutura pré-escolar da Capital. Sebenelo também criticou as eleições ao Conselho Tutelar, que definiu como "espetáculo presidido por partidos", observando que candidatos tentam preencher de todas as formas os requisitos exigidos, "visando não a esta eleição, mas à próxima". Também manifestou preocupação com pronunciamento de autoridades pedindo pena de morte e diminuição da maioridade penal. "O Estado não dá solução para problemas que foram criados." (CS)