Lideranças

No período de Lideranças da sessão plenária de hoje (17/5) os vereadores de Porto Alegre trataram dos seguintes assuntos:

MUNICIPÁRIOS - Fernanda Melchionna (PSOL) acusou a Prefeitura de agir com cara de pau ao dizer aos municipários que não poderá dar a eles um reajuste de 10% a título de reposição salarial. Segundo ela, o Executivo argumenta que a crise na Grécia terá efeitos sobre as receitas do município. "Em 2009, mesmo com os efeitos da crise financeira mundial, a Prefeitura arrecadou mais do que no ano anterior. Agora tem a cara de pau de dizer que não poderá dar reajuste aos servidores." Para ela, os trabalhadores de Porto Alegre têm de fazer como os gregos, que estão nas ruas protestando contra o arrocho que o governo quer impor a eles. (MAM)

ACORDO - Engenheiro Comassetto (PT) disse que hoje é "um grande dia para a humanidade e para o Brasil, uma grande vitória do povo brasileiro e do governo Lula". O vereador comemorou a assinatura de acordo entre Irã e Turquia promovido "por insistência do presidente Lula" e que, segundo ele, contribuirá em muito para a paz no Oriente Médio. Pelo acordo, o Irã enviará urânio para a Turquia, que devolverá o minério radioativo com um grau de enriquecimento muito maior. "Toda a imprensa destaca a visita do presidente Lula e o acordo que conseguiu na base da conversa e não da pressão", afirmou. "Mas lamento que políticos locais e parcela da imprensa diminuam o fato." (CB)

SOLLUS - Utilizando a liderança de oposição, Pedro Ruas (PSOL) lembrou que a Câmara Municipal deverá receber, na quinta-feira (20/6), representantes do Instituto Sollus, que prestarão esclarecimentos sobre a "responsabilidade do Executivo"nas denúncias de desvio de verbas da saúde. Ruas disse, porém, não acreditar que o Sollus compareça à Câmara. "Duvido que venha e que a prefeitura permita que venha porque os esclarecimentos são 100% comprometedores com o Executivo", declarou. "A prefeitura tem um limite até onde as informações podem chegar." (CB)

SOLLUS II - Pela liderança de governo, João Antonio Dib (PP) garantiu que a prefeitura não impedirá e nem tem poder para impedir a vinda do Sollus à Câmara. Dib lembrou que o Executivo fez o levantamento dos débitos e desvios do Sollus e solicitou ao instituto que apresentasse documentação para comprovar a diferença de cerca de R$ 5,5 milhões detectada. Segundo o vereador, como o Sollus não comprovou a diferença, a mesma foi incluída da dívida ativa para com o município. Dib ainda garantiu que a imprensa deu grande espaço ao acordo facilitado por Lula no Oriente Médio e lamentou que, até o final de 2010, a previsão de dívida interna do país ultrapasse os R$ 2 trilhões. (CB)

TRÂNSITO – Haroldo de Souza (PMDB) disse que o problema maior para a Copa 2014 é a falta de um plano da EPTC e da BM para o trânsito em dias de jogos no Beira-Rio. “Isto já deveria ter sido testado em jogos como Inter e Estudiantes”, criticou. Haroldo avalia que, independente dos horários, a cidade não pode parar como ocorreram nos jogos das 19 horas. “Imaginem se o jogo fosse às 16 horas. Vai trancar tudo. Quando tem jogos com mais de 40 mil pessoas temos problemas”, disse. O vereador também criticou o governo Federal “por não fazer as obras prometidas”, e citou o metrô como exemplo. (LO)

CARROÇAS - Beto Moesch (PP) observou que a comissão especial da Câmara criada para tratar da implementação da Lei das Carroças na Capital visa a oferecer alternativas. Lembrou que o tema gera conflitos há muitos anos: "há pessoas que se utilizam desse meio para sobreviver, enquanto empresários das carroças querem que elas continuem a circular pela cidade". Segundo ele, além dos maus-tratos aos animais, há a exploração do trabalho infantil, pois crianças são obrigadas a conduzir carroças. "O maior problema não é o trânsito e sim a má gestão de resíduos. O Código Municipal de Limpeza Urbana prevê que DMLU deve coordenar coleta e transporte de resíduos". (CS)

MULTAS - Dr. Thiago Duarte (PDT) fez um comunicado sobre reunião da Cuthab a respeito de multas de trânsito na Capital. Disse que tem observado uma série de irregularidades na aplicação das multas. "Atualmente o agente de fiscalização tem mais poder que o presidente da República, pois o cidadão recorre e sempre perde". Lembrou de casos como de um motorista multado por conduzir um cão no colo, sendo que este nunca teve animais, e um outro multado por dirigir falando ao celular, sem nunca ter tido um desses aparelhos. Disse que apóia o projeto do vereador Bernardino Vendruscolo (PMDB) que obriga o agente a parar o condutor para a aplicação da multa. (VBM)

TOLERÂNCIA - Reginaldo Pujol (DEM) disse que debates acalorados e radicalizados não levam a nada. Lembrou que o tempo faz que aceitamos muitas coisas que não eram aceitas na juventude. Destacou que muitas vezes foi acusado de negociador extremado e que ele sempre viu a afirmação como um elogio, pois não considera a conciliação como algo depreciador. Concluiu afirmando que espera que na Casa sempre prevaleça a tolerância. (VBM) 

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)
Vítor Bley de Moraes (reg. prof. 5495)