Sessão extraordinária / Lideranças
Ramiro Rosário (Novo) (Foto: Júlia Urias/CMPA - Uso público, resguardado o crédito obrigatório) Jonas Reis (PT) (Foto: Fernando Antunes/CMPA - Uso público, resguardado o crédito obrigatório)
No período de Lideranças da sessão extraordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta quarta-feira (26/2), os parlamentares da Capital abordaram os seguintes tópicos:
PANDEMIA - Natasha Ferreira (PT) criticou a condução do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia de covid-19 e citou falas do político que repercutiram pelo País. “Ele disse: 'a gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo'. Este era o sentimento de um presidente da República, que as pessoas morressem”, relembrou. A vereadora agradeceu o trabalho dos funcionários da saúde, lamentou as vidas perdidas durante a pandemia e ressaltou que elas não serão esquecidas. (BPA)
SAÚDE - Ramiro Rosário (Novo) comentou a substituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade, por Alexandre Padilha: “Mais uma ministra, da equipe próxima de Lula, que é mulher, foi demitida para assumir um homem branco heterossexual. Tudo aquilo que a pauta identitária da esquerda costuma criticar em governos de direita”. Também fez críticas ao discurso da vereadora Natasha Ferreira e apontou que há atraso na distribuição de vacinas para a população no atual governo. (BPA)
FOGOS - Vera Armando (PP) afirmou que a lei estadual que proíbe a utilização de fogos de artifício com estampidos e efeitos sonoros não é cumprida: "Parte da população não entendeu que esse tipo de diversão de poucos custa o sofrimento de crianças, animais, idosos e enfermos, e até a vida de muitos deles". Ela também apresentou o projeto social Educandário São João Batista, que presta de forma gratuita a crianças e adolescentes com múltiplas deficiências tratamentos especializados nas áreas da socialização, aprendizagem, convivência, comunicação, alfabetização, educação física, teatro e música. (LP)
MORADIA - Erick Dênil (PCdoB) comemorou a decisão do Executivo de manter as famílias que residem nas proximidades do dique do Sarandi: “Depois de muitas reuniões no Sarandi, protestos na Assis Brasil e na Freeway, muita conversa com a Prefeitura, com a Caixa e com o governo federal, conseguimos ontem, através da Comissão dos Direitos Humanos, da qual eu sou presidente, fechar um acordo de que não haverá despejo na próxima sexta-feira, dia 28”. (LP)
SARANDI - Marcos Felipi (Cidadania) respondeu à afirmação do vereador Erick Dênil sobre o despejo das famílias que moram ao redor do dique do Sarandi: “Não existe nenhuma ordem de despejo da Prefeitura àquelas famílias que moram sobre o dique, o que existe ali é uma obra de proteção contra as cheias. Muitos cobram e a Prefeitura já começou a fazer a sua parte com recursos próprios.” (LP)
BANDIDOS - Mariana Lescano (PP) mostrou apoio ao promotor Eugênio Paes Amorim, alvo de ataques nas redes sociais por criticar um livro escrito por uma defensora pública, o qual, segundo a vereadora, faz apologia a ideologias “bandidólatras”. Também condenou uma decisão da Defensoria Pública de São Paulo de vetar o uso de reconhecimento facial durante o Carnaval, afirmando que a medida foi tomada para que “bandidos possam pular Carnaval tranquilamente”. A vereadora disse que "fazer um combate contra a ‘bandidolatria’ que está enraizada nas instituições de Estado é um ato de coragem e resistência". (RR)
EDUCAÇÃO - Fernanda Barth (PL) se posicionou contra a proibição de celulares nas escolas e a suspensão da lei da Escola Sem Partido, afirmando que a Câmara irá recorrer da decisão em conjunto com a Associação de Pais pela Escola Livre de Doutrinação. Também prometeu retomar a discussão sobre a instalação de câmeras de segurança nas salas de aula: “Nós vamos trabalhar para que esse projeto seja não apenas desarquivado como também aprovado nesta Casa, porque é um direito.” (RR)
ASSISTÊNCIA - Moisés Barboza (PSDB) falou sobre os ataques feitos pelas redes sociais ao secretário municipal da Assistência Social, Matheus Xavier, que assumiu a pasta neste ano: “Responsabilizar o secretário por causa de um problema crônico da cidade é no mínimo irresponsabilidade”. O parlamentar chamou de "injustos" e "desnecessários" os comentários e fez um apelo: “Que as pessoas se preocupem menos em ganhar curtidas em redes sociais e pensem: eu, no lugar dele, teria conseguido resolver em 30 dias um problema de décadas?” (BPA)
CALOR - Jonas Reis (PT) repudiou a falta de ar-condicionado nas escolas públicas municipais, em especial durante a onda de calor que atinge o estado: "Recebi vídeos dos professores que levaram ventiladores de suas residências para a Escola Monte Cristo, porque o governo não instala os ar-condicionados". Afirmou que a instituição conta com 21 aparelhos novos que não foram instalados pela Prefeitura. (LP)
RESPOSTA - Idenir Cecchim (MDB) rebateu as acusações do vereador Jonas Reis sobre aliados do governo Melo afastados por questões judiciais e afirmou que “todo mundo do PT conhece bem o que é cadeia”. Dirigindo-se ao parlamentar, afirmou: “Antes de ficar falando dos outros, cuidem do seu galinheiro. O senhor é acostumado a subir aqui e falar, falar e falar, mas nós estamos te escutando e é bom ter juízo quando se fala das pessoas”. (BPA)
CPI - Pedro Ruas (PSOL) celebrou a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os fatos envolvendo o incêndio na Pousada Garoa. “Hoje pela manhã instalamos a comissão, na presença de 11 dos 12 vereadores envolvidos. Foi muito bom e quero agradecer a todos que participaram e dizer que nós temos condições de dar uma grande resposta a Porto Alegre.” (RR)