Plenário

Sessão Ordinária / Comunicações e Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto, vereador Cassiá Carpes.
    Vereador Cassiá Carpes (PP) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto, vereador Adeli Sell.
    Vereador Adeli Sell (PT) (Foto: Débora Ercolani/CMPA)

Os vereadores e vereadoras da Câmara Municipal de Porto Alegre, durante os períodos de Comunicações e Lideranças da sessão ordinária desta quinta-feira (1°/08), trataram dos seguintes temas:

VEREANÇA - Cláudia Araújo (PSD), que iniciou o mandato em 16 de julho, um dia antes de começar o recesso parlamentar de inverno, usou o tempo de Comunicações para firmar a sua vereança. “Meu trabalho social me trouxe até aqui e dele não abro mão”, afirmou a vereadora. Na oportunidade, Cláudia enfatizou por que e por quem luta. Disse ocupar o cargo “em prol da saúde, da inclusão, da acessibilidade, da reciclagem, da liberdade religiosa e do reconhecimento da mulher na política”. Por falar em mulher, ela lamentou que, dentre os 36 vereadores de Porto Alegre, apenas quatro são representações são femininas. “Precisamos trazer mulheres para esta Casa e transformarmos a ideia de que política é só para homens”, finalizou. (BSM)

MERCADO - O vereador Adeli Sell (PT), em momento de Comunicações, mencionou acerca dos seis anos de inércia das obras do Mercado Público de Porto Alegre, depois de a estrutura ter sofrido um incêndio no segundo andar. Segundo Adeli, “esse problema é gravíssimo”. No período, o petista afirmou que as verbas federais destinadas à reforma do local ainda não foram utilizadas integralmente. Para o parlamentar, a prefeitura do município, na figura do prefeito Nelson Marchezan Júnior, “é incompetente”. Além disso, relatou a precariedade do Mercado, o dinheiro despendido pelos comerciantes para trocarem as tampas dos bueiros internos e dos equipamentos dos banheiros de um lugar público. “A prefeitura contrata uma empresa de quinta categoria para limpar e fazer a segurança. É bom a gente ver esses contratos”, concluiu, ao lembrar o espaço democrático que é “esse coração de Porto Alegre”. (BSM)

SAUDAÇÕES - Moisés Barboza (PSDB) iniciou a fala dele dizendo o seguinte: “Todo dia que vejo a notícia de alguém preso por corrupção, eu comemoro na minha casa”. Durante a sua fala, Barboza saudou a Operação Câmbio. Afirmou que “nunca vou chamar um corrupto de herói”. Parabenizou, com isso, “a operação que vem, aos poucos, limpando muitos setores”; e disse: “Vamos chegar no BNDES, na Petrobras, em vários setores do país”. Por fim, o parlamentar elogiou a iniciativa da colega Lourdes Sprenger (MDB) por ter proposto uma reunião na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), na manhã desta quinta-feira (1º/8), sobre a discussão de ações para pessoas em situação de rua. (BSM)

PREOCUPAÇÕES - Roberto Robaina (PSol) falou sobre as suas preocupações com os rumos do município.  “Porto Alegre tem sido uma cidade abandonada, com os serviços públicos sucateados, com um governo que passou toda a sua gestão, até agora, atacando os servidores e não garantindo melhorias para a população”, avaliou Robaina. Igualmente, o vereador pronunciou a sua inquietação com a privatização daquilo que, segundo ele, é público. “O projeto de privatização da saúde, do HPS, tem uma empresa prestes a ganhar a licitação, e que está envolvida em acusações pelo MP/SP e pelo Tribunal de Contas/SP”. Robaina finalizou expressando que “não podemos aceitar a privatização da saúde e nem a da educação”. (BSM)

BENEFÍCIO – Cláudia Araújo (PSD) pediu aos seus colegas que se unam em defesa da luta por menos pobreza, fome e mais saúde para a população. Lembrou que essas são as bandeiras que a levaram a chegar ao Legislativo da Capital, onde considera o diálogo e união fundamentais para que as questões sociais possam avançar e dar mais dignidade às pessoas necessitadas. Defendeu a aprovação de proposta que tramita no Congresso que amplia os direitos ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para as famílias com pessoas portadoras de necessidades especiais, que atualmente é pago no valor máximo de um salário mínimo, concedido para as famílias com renda per capita máxima de R$ 249,50. (MG)

ABANDONO – Aldacir Oliboni (PT) disse lamentar as notícias que circularam no recesso e demonstraram o abandono da cidade, do Estado e do País. Citou o processo de terceirização das unidades de saúde Bom Jesus e Lomba do Pinheiro, interrompido na Justiça a pedido do Sindicato dos Municipários (Simpa), e disse que não foi por “falta de aviso”. Lamentou que o governo busque “se eximir de suas responsabilidades para transferi-las a organizações que em Porto Alegre nunca deram certo”. Para Oliboni, o governo Marchezan não disse a que veio e tem chance, no segundo semestre, de demonstrar isso. Lembrou que a Fazenda aponta a existência de R$ 400 milhões em caixa para serem aplicados em tapa-buraco, saúde e outras áreas, mas que o prefeito não pode ficar na linha do presidente da República, que é falar mal para abrir concessão ou terceirizar. (MG)

ECONOMIA - Cassiá Carpes (PP) saudou a queda dos juros no País. Disse que é preciso falar menos em política e mais de economia, e esse é “o caminho para a obtenção de emprego e renda para os brasileiros”. Que passados seis meses do atual governo, a taxa SELIC caiu a 6% e com as demais reformas em curso trará melhoria para a vida dos cidadãos. Lembrou que os 12 a 13 milhões de desempregados “não são de agora, mas fruto de uma sequência de governos petistas de Lula e Dilma”. Disse torcer por uma economia melhor, porque ela irá beneficiar os mais pobres. Sobre prisões e torturas na ditadura, lembrou sua participação no comício das diretas, mas que, mais recentemente, viu pessoas que não tinham direito receberem indenizações do governo, situação que o presidente está correto em enfrentar. (MG)

CIDADE - Idenir Cecchim (MDB) considerou oportuno falar sobre o paralelo das manifestações dos colegas Aldacir Oliboni (PT) e Cassiá Carpes (PP). Que estranhou o fato de o petista, que sempre procurou nacionalizar o debate, agora ter mudado o foco; “porque afundaram o país, sim, junto com o MDB, o PP e outros partidos que se locupletaram das benesses e das mazelas do poder”. Cecchim afirmou que nem a situação estadual pode debater porque o PT apoiou a eleição do atual governador. “Antes Sartori pagava até o 14 dia do mês corrente, agora Leite paga até o 14 do mês seguinte”, ironizou. Para ele, os vereadores são fiscais ou colaboradores do governo e os 36 desejam o melhor para a cidade. Citou projetos como o da Orla, que hoje reúne centenas de milhares de pessoas, para demonstrar que avanços são possíveis (MG)

RUA - Lourdes Sprenger (MDB) comentou sobre reunião realizada na manhã de hoje (01/8) na Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh), onde foram prestadas contas dos seis meses do Plano Municipal de Superação da Situação de Rua, da prefeitura de Porto Alegre. Segundo a vereadora, 200 pessoas foram encaminhadas para suas cidades de origem, com passagem gratuitas, 54 estão com aluguel social, instalação de seis restaurantes sociais descentralizados e três abrigos para moradores de rua acompanhados de seus pets. “Tudo acompanhado de assistência social”, enfatizou Lourdes. (RA) 

HOSPITAL - Dr. Goulart (PTB) falou novamente sobre a situação do Hospital Parque Belém, que está praticamente desativado. “Atende somente 21 pessoas com problemas psíquicos”, ressaltou o vereador. De acordo com o parlamentar, uma infinidade de aparelhos novos de primeira linha estão em desuso, porque o Hospital não está funcionando a pleno. “São aparelhos para exames de colonoscopia, ecografia e outros que estão fechados dentro de um hospital que não tem dinheiro para pagar seus funcionários”. Goulart pediu a união de todos os demais vereadores para que o hospital seja reaberto. “Para que seja o Hospital do Homem e das pessoas de idade”, falou o vereador, ressaltando que os homens não têm onde operar suas próstatas em Porto Alegre. (RA)

ECONOMIA - Claudio Janta (SD) falou sobre a economia do país. Segundo o parlamentar, é impossível que os cidadãos trabalhem seis meses do ano somente para pagar seus impostos. “Chega a ser desumano”, considerou o vereador. Ele também falou sobre as medidas tomadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que acabou com três Normas Reguladoras que garantem fiscalizações do Ministério do Trabalho. “A pior de todas é a que regulamenta o manuseio de máquinas”, disse o vereador. “Ele desconsidera mais de 25 mil acidentes de trabalho em seis anos, onde as pessoas tiveram membros amputados. Isso não é nada para ele”, enfatizou Janta, considerando que a atitude é uma vergonha para um país que quer mandar seus produtos para outros países. (RA) 

Texto

Bruna Schlisting Machado (estagiária de Jornalismo)
Milton Gerson (reg.prof. 6539)
Regina Andrade (reg. prof. 8423)

Edição

Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)