Plenário

Sessão Ordinária / Comunicações e Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto, o vereador Tarciso Flecha Negra.
    Vereador Tarciso Flecha Negra (PSD) (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na foto, o vereador João Bosco Vaz.
    Vereador João Bosco Vaz (PDT) (Foto: Luiza Dorneles/CMPA)

Nos períodos de Comunicações e de Lideranças desta quinta-feira (22/02), na Câmara Municipal de Porto Alegre, foram debatidos os seguintes temas pelos vereadores:

ZOOLÓGICOS - Rodrigo Maroni (PODE) falou sobre a situação dos zoológicos do Brasil, com ênfase no de Sapucaia. Segundo ele, os animais em zoológicos vivem como presidiários, em situação de falta de alimentação e de estresse psicológico, que, para o vereador, é totalmente desnecessária. “Eu espero conseguir viver para ver o Brasil sem zoológicos”, esperançou ele. Discursou, ainda, sobre a situação dos cervos doentes no Pampa Safari. De acordo com Maroni, um criador ofereceu um local adequado para os animais, com custos incluídos, e a instituição optou por faturar sobre os animais até a sua morte. (AF)

ÁREA AZUL - Mendes Ribeiro (PMDB) discursou sobre o pedido que protocolou solicitando informações detalhadas sobre a Área Azul de Porto Alegre. Segundo ele, existem parquímetros abandonados na Capital, onde os flanelinhas predominam. Lembrou, também, que o comércio está perdendo dinheiro devido à falta de parquímetros. Por fim, lançou perguntas sobre o assunto, que, para ele, são também perguntas da população. “Qual o número total de vagas na Área Azul de Porto Alegre? Quantas estão efetivamente operando? Há previsão para novas licitações? Quantas pessoas exercem fiscalização?”, questionou, dentre outras perguntas. (AF)

VIOLÊNCIA - A violência e o crime em Porto Alegre foram a pauta de Sofia Cavedon (PT). “A situação não pode ser banalizada. Somos caças vigiados por centenas de milhares de pessoas que trabalham e sobrevivem através do crime.” Segundo ela, as políticas públicas relacionadas a isso existentes no Rio Grande do Sul são desastrosas. Sofia ressaltou que o governador José Ivo Sartori antes desmanchou os territórios da paz, em Porto Alegre, e agora está fechando escolas, para “otimizar” espaço. Para ela, as alternativas da juventude estão sendo reduzidas e é necessário, então, o incentivo a programas que atendam as crianças e os adolescentes da cidade. (AF)

SAÚDE - André Carús (PMDB) solicitou à vereadora Sofia Cavedon que se informe melhor sobre as ações de segurança pública na Capital e no Rio Grande do Sul, visto que, para ele, ela falou inverdades na tribuna sobre o assunto. Segundo ele, o governo do Estado nomeou todos os aprovados no concurso para a Brigada Militar. Afirmou, também, que a Prefeitura Municipal tem buscado parcerias para atender a juventude e suas previsões de futuro. Falou sobre a situação do atendimento em saúde em Porto Alegre, em que as informações concedidas pela Secretaria Municipal da Saúde não correspondem à realidade. “Precisamos saber a verdade. Não adianta a Secretaria colocar que tem 10 médicos atendendo se, na verdade, apenas dois estão em exercício”, ressaltou Carús. (AF)

SEGURANÇA - Respondendo a Sofia Cavedon (PT), Comandante Nádia (PMDB) disse que não cabe a nenhum parlamentar dizer "meias verdades" na tribuna. Em sua opinião, houve grandes avanços na segurança pública do Estado e é preciso reconhecer o esforço do secretário Cezar Schirmer. Observou que todos os aprovados em concurso da BM já foram chamados e houve ingresso de 1183 novos brigadianos que estão trabalhando nas ruas de Porto Alegre e do interior do Estado, bem como mais 100 novos delegados serão chamados para a Polícia  Civil. Também mencionou que 200 novas viaturas foram compradas e há previsão de compra de mais mil carros. Elogiou a recente operação realizada pela BM e Polícia no combate ao tráfico de drogas e uma grande apreensão de armas na zona norte da Capital. "A vereadora Sofia diz que nada está sendo feito em Porto Alegre. Temos de nos desarmar de ideologias para tratarmos de segurança pública. O PT votou contra o projeto que o secretário Schirmer enviou à AL para ser votado e também votou contra a intervenção no Rio de Janeiro." (CS)

RUAS - Reginaldo Pujol (DEM) reconheceu que o país vive um momento extremamente conturbado e criticou o excesso de concentração de recursos por parte da União, com aumento de responsabilidade para as cidades e os estados. "É uma distorção do pacto federativo." Pujol também lamentou a situação precária das ruas de Porto Alegre, especialmente no Centro Histórico. Observou que o Viaduto Otávio Rocha apresenta "problemas visíveis a quem transita diariamente pelo local". Segundo ele, os moradores de rua transformaram o Viaduto em sua residência, usando o local inclusive como banheiro. "É um grande problema social na cidade. Não podemos tratar os moradores de rua com preconceito, muitos inclusive são doentes, mas também não cair em posição oposta e permitir que as ruas sejam utilizadas indiscriminadamente por essas pessoas." (CS)

EMPREENDEDORISMO - Dr. Thiago Duarte (DEM) disse que não pode concordar com o "suposto caos" que, segundo o Executivo municipal, haveria nas finanças de Porto Alegre. Para ele, o que realmente preocupa são as dificuldades na solução dos problemas da cidade e que muitos empreendedores estão encontrando para seus negócios. Thiago apontou que a dificuldade, por exemplo, para a retirada de alvarás precisa ser solucionada, de forma a evitar que o empreendedorismo seja prejudicado na cidade. Elogiou intervenção da Smic em bares irregulares na Cidade Baixa, mas disse ficar preocupado com a situação geral desse bairro e também do Moinhos de Vento, pois a relação entre moradores e os donos de bares e casas noturnas estaria bastante difícil. (CS)

SAÚDE - Sofia Cavedon (PT) se disse "chocada e decepcionada" com a atitude do secretário municipal da Saúde, Erno Harzheim, em suspender, por meio de edital, o processo de eleição do Conselho Municipal de Saúde (CMS). "Havia duas chapas em disputa, e a Secretaria precisa respeitar a autonomia do Conselho. O prefeito Marchezan precisa respeitar o conjunto dos conselhos municipais e a participação direta da população nas políticas públicas da Capital. Não vamos aceitar mais este retrocesso." Ela também criticou a ausência de políticas públicas para infância e adolescência na cidade. Segundo a vereadora, havia um programa articulado nesta área nas gestões passadas, mas houve agora um enfraquecimento da Fasc, permitindo que crianças voltem para as ruas. Em resposta à Comandante Nádia (PMDB), disse que não criticou a Brigada Militar, mas sim as opções de gestão do governo estadual. "Crianças estão sendo capturadas cada vez mais cedo pelo tráfico de drogas e pelo crime." (CS)

GESTÃO I - Adeli Sell (PT) lamentou a situação das crianças que pedem ajuda nas sinaleiras. Lembrou que era algo significativamente resolvido pelas gestões anteriores e agora voltou. Nas ruas e esquinas do entorno da prefeitura é possível verificar a tragédia que é a falta da dignidade humana. “A FASC não existe mais, abdica de sua prerrogativa legal e transfere suas responsabilidades para a área da saúde. A lei não está sendo respeitada pela prefeitura de Porto Alegre”, afirmou Adeli. O vereador também criticou a SMIC pela ineficiência ao permitir estacionamentos de caminhões de carga e descarga em horários inapropriados e vendas de bebidas nas ruas para menores de idade. “Esta leniência está motivando o crime organizado de Porto Alegre”, disse o parlamentar. Outro ponto de crítica foi a falta de respostas do Executivo para os problemas identificados pelo Legislativo, como os do viaduto Otário Rocha e os do Mercado Público. (AM)

GESTÃO II - João Bosco Vaz (PDT) lembrou de administrações municipais anteriores, quando era secretário e incentivava a prática de esportes às crianças das ruas. Os números haviam sido zerados graças à criatividade que é necessária para resolver este problema, citando iniciativas como SESC, cooperativas e projetos sociais. “Infelizmente, 2017 foi um ano perdido. O que o prefeito fez em um ano? Brigou com todos os assessores. Nada funciona em Porto Alegre. Terminaram com a cultura. Olha a situação do carnaval, pela primeira vez não teremos carnaval, sendo que existe uma lei que garante." (AM)

MENTIRAS - Cláudio Janta (SD) afirmou que o prefeito mente descaradamente desde que assumiu o cargo. Criticou a intervenção do prefeito no Conselho Municipal de Saúde, que mesmo com eleições marcadas teve secretário do Executivo e outras pessoas indicadas. “É o cúmulo do absurdo, um projeto de ditador que quer retirar o papel popular do município. Uma pessoa que não faz nada na cidade e bota a culpa na Câmara, na imprensa e nos empresários. A única coisa que funcionava na administração era a saúde”, criticou Janta. (AM)

RUA DA PRAIA - Tarciso Flecha Negra (PSD) parabenizou o Grêmio e seus torcedores pelo título conquistado ontem. Disse que ser favorável à intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro. “Metade da minha família mora no Rio e a outra metade reside em Minas. Estou ciente sobre a questão da violência, acompanhei a Câmara de Deputados e o Senado tratarem deste assunto”, disse Tarciso. Sobre questões locais, o vereador destacou um texto publicado em uma coluna de jornal onde é defendida a revitalização da Rua da Praia. O parlamentar considera importante que se cuide deste patrimônio histórico e cultural da cidade. “É um sonho ver a rua da praia totalmente revitalizada, como uma dessas ruas bonitas e famosas que vemos na Europa”, afirmou.  (AM)

Texto: Adriana Figueiredo (estagiária de Jornalismo)
           Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)
           Alex Marchand (estagiario de jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)