PLENÁRIO

Sessão ordinária / Comunicações, Grande Expediente e Lideranças

  • Movimentação de plenário. Na foto, a vereadora Mônica Leal.
    Na tribuna, a vereadora Mônica Leal (Foto: Johan de Carvalho/CMPA)
  • Movimentação de plenário. Na tribuna, o vereador Roberto Robaina.
    Na tribuna, o vereador Roberto Robaina (Foto: Ana Terra Firmino/CMPA)

Nos discursos de Comunicações, Grande Expediente e de Lideranças da sessão ordinária desta segunda-feira (02/12), os vereadores e as vereadoras de Porto Alegre abordaram as seguintes pautas:

 

CORRUPÇÃO - Pedro Ruas (PSOL) repercutiu as notícias sobre a corrupção no governo Melo e pontuou que nunca houve um caso tão grave quanto esse. “Isso é um escândalo absurdo. Denunciado e provado, nunca houve algo assim em Porto Alegre. A corrupção não começou agora, evidentemente, mas nesse valor de R$ 43 milhões é a primeira vez”. Também falou sobre o planejamento de golpe de Estado perpetrado por militares e políticos brasileiros, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. (TP)

 

POLARIZAÇÃO - Mônica Leal (PP) abordou a polarização na política, refletindo sobre como o extremismo ideológico muitas vezes se sobrepõe às prioridades da população. Para a vereadora, essa postura acaba deixando as necessidades dos cidadãos em segundo plano e dificulta a união entre os políticos na busca por soluções em benefício do povo porto-alegrense. “Precisamos unir forças, independentemente de bandeiras que carregamos, para que cada decisão tomada nesta Casa tenha como objetivo o bem-estar de quem vive em nossa cidade. A história não julgará quem mais foi fiel a sua ideologia, mas quem trabalhou para fazer a diferença na vida das pessoas”. (RR)

 

SERVIDORES - Roberto Robaina (PSOL) afirmou que os servidores públicos municipais estão sendo “desrespeitados” constantemente pelo governo do prefeito Sebastião Melo. “Eles estão fazendo uma mobilização aqui na Câmara pela aprovação da Emenda 60, que garante o mínimo necessário de respeito à uma categoria que garante o funcionamento da máquina pública”, disse. Robaina ainda criticou o plano orçamentário de Melo para 2025, que segundo ele prevê diversos cortes nas áreas da saúde e educação. (BPA)

 

CHUVAS - Engenheiro Comassetto (PT) falou sobre os novos alagamentos após a chuva torrencial da noite passada. “Se hoje vier uma nova calamidade, a cidade será alagada novamente, porque as casas de bomba ainda não foram reformadas, as comportas estão abertas e os diques não foram reformados”. Segundo o vereador, o Governo Federal destinou R$ 560 milhões para o sistema de proteção de gestão exclusiva de Porto Alegre. “O sistema pluvial está todo entupido. As empresas recebem para fazer a limpeza, mas não são fiscalizadas”. (TP)

 

CORTES - Cláudio Janta (Solidariedade) criticou o pacote de corte de gastos do Governo Federal, enfatizando que a área mais afetada foi a educação, com cifras bilionárias. “Temos nossos vizinhos Uruguai e Paraguai se desenvolvendo e investindo na educação, enquanto o Brasil faz o caminho inverso, tirando 1 bilhão e 600 milhões da educação”. Ele também demonstrou insatisfação com os cortes em áreas como transporte, assistência social, portos, defesa civil e os ministérios das cidades. “A União tem que ajudar nas questões primárias constitucionais, principalmente na saúde e na educação”. (RR)

 

ORÇAMENTO - Aldacir Oliboni (PT) pediu atenção à votação da peça orçamentária do governo municipal que destina cerca de R$ 12 bilhões para os setores públicos. “Nós cidadãos, cidadãs, povo de Porto Alegre, deveríamos nos enxergar, ver que vai ter serviço público, concurso público, ver que os servidores poderão ser valorizados para o pagamento mínimo da reposição salarial pela inflação, algo que o governo já sinaliza o não”, disse. Oliboni também criticou o governo de Melo e denunciou descasos no serviço público. “É por isso que nós, hoje aqui, estamos frustrados diante de uma situação radicalizada pelo governo que não opera política, uma política de diálogos, uma política de poder destinar recursos da peça orçamentária para fazer com que a cidade consiga se enxergar”. (BPA)

 

AREIA - Fernanda Barth (PL) defendeu a urgência de resolver o problema do escoamento de água na cidade. Apontou que é preciso “criar uma frente ampla de vereadores para conseguir recursos para que o trabalho de dragagem e desassoreamento sejam políticas permanentes”. Comunicou que fará uma expedição para conhecer as novas ilhas do Guaíba, formadas depois das chuvas de maio. “A areia é um recurso que está sendo desperdiçado, que podia estar gerando ganhos para o cofre do município e do governo do Estado”. (TP)

 

RESPOSTA - Tiago Albrecht (NOVO) respondeu às falas da vereadora Karen Santos (PSOL) a respeito de sua pessoa. Na Ordem do Dia, durante a discussão do Orçamento municipal, a vereadora disse que Albrecht defende uma política “ultraliberal” de Estado mínimo e associou esse modelo à corrupção. “É um absurdo o que foi dito nesta tribuna. Aí olho para o partido da vereadora que falou isso, tinha um prefeito em uma capital com 90% de rejeição. O PSOL foi varrido de Belém e ela vem aqui querer dizer que defende que o relator é de Estado mínimo. Ela nem sabe o que é Estado mínimo”. (RR)

 

ZAFFARI - Jessé Sangalli (PL) comentou o projeto do Zaffari para construção de uma torre de 130 metros no Bairro Praia de Belas. Ele endereçou as críticas feitas ao projeto e afirmou: “algumas pessoas são contra o desenvolvimento de Porto Alegre e para tentar cativar pessoas, ao invés de melhores argumentos, usam jargões simples que trazem medo às pessoas para que elas queiram não se incluir a esse tema”. Ele defendeu o empreendimento e afirmou que “em nada impacta o bairro”. (BPA)

 

FISCAL - Comandante Nádia (PL) atribuiu ao pessimismo dos investidores a causa da oscilação do preço do dólar em relação ao real. “O pacote fiscal do Governo Federal é visto como um conto de fadas que só existe na imaginação de quem ainda acredita em milagres. E a trajetória da nossa amada dívida pública, como fica?”. Ela criticou o corte de R$ 1,7 bilhão anunciado pelo ministro da Fazenda e defendeu que a responsabilidade dessas reduções orçamentárias é da esquerda. (TP)

Texto

Theo Pagot, Brenda Andrade e Renata Rosa (estagiários em Jornalismo)

Edição

Andressa de Bem e Canto (reg. prof. 20625)