Sessão ordinária / Comunicações, Grande Expediente e Lideranças
Nos períodos de Comunicações, de Grande Expediente e de Lideranças da sessão ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre desta segunda-feira (17/2), os parlamentares da Capital abordaram os seguintes tópicos:
FASCISMO - Atena Roveda (PSOL) discursou sobre os perigos do fascismo e seu impacto no âmbito social e subjetivo da sociedade: “O fascismo atinge os nossos corações de duas formas. Primeiro, nos afoga em esgoto, nos retira a materialidade do mundo, matando as oportunidades de vida de fora. Além disso, o fascismo também conseguiu nos matar do lado de dentro. Eles querem nos fazer acreditar que não há esperança”. Denunciou o discurso de ódio que sofre em suas redes sociais por ser uma vereadora travesti e também apontou contradições nos grupos de direita que lhe criticam. “Eles estão com um programa de venda de Porto Alegre”, apontou. (TP)
ALAGAMENTOS - Jonas Reis (PT) atribuiu a culpa dos recentes alagamentos em Porto Alegre à gestão do prefeito Sebastião Melo e cobrou ações efetivas a respeito da situação: “Choveu na cabeça dos pacientes no HPS e ninguém cobra nada do Melo. Os terminais de ônibus são um horror porque chove na cabeça das pessoas. Aqui no Centro, todos os telhados esburacados, na Assis Brasil e na Antônio de Carvalho também. Nada funciona porque não é para funcionar”. (RR)
ASSÉDIO - Pedro Ruas (PSOL) repercutiu matéria do jornal Zero Hora denunciando os assédios sofridos por mulheres que praticam esportes na Capital. "Os jornais do final de semana registraram que muitas mulheres estão deixando de praticar caminhadas ou corridas por conta dos assédios e ataques dos homens, sendo que o pior local é a Orla do Guaiba. É inacreditável". Ele também defendeu a presença da Guarda Municipal na região. (LP)
EDUCAÇÃO - Juliana de Souza (PT) afirmou que o governo Melo representa um “projeto de destruição da cidade” e denunciou o retorno das aulas nas escolas da rede municipal sem o acompanhamento de monitores para alunos com deficiência. “O governo Melo inicia esse ano letivo dando de presente para as famílias dos estudantes com deficiência, para a família dos estudantes com transtornos globais de desenvolvimento, com altas habilidades e superdotação, a falta de atendimento para que eles possam participar das atividades escolares e terem garantido seu direito à educação”, criticou. (BPA)
SERVIDORES - Alexandre Bublitz (PT) defendeu a importância dos conselhos municipais para a participação popular e melhora dos serviços públicos. Também se solidarizou com a luta por reajuste salarial dos servidores municipais. “Fazer a defesa do servidor é fazer a defesa da nossa cidade. Queria mais uma vez me colocar como simpatizante com a luta dos movimentos e dizer que estamos juntos”, destacou. (TP)
OCUPAÇÃO - Coronel Ustra (PL) denunciou uma ocupação de terras no bairro Extrema, localizado na zona rural da Capital gaúcha. Segundo ele, a descoberta ocorreu durante uma blitz realizada em conjunto com a Prefeitura de Porto Alegre, onde foram constatados loteamentos que seriam vendidos ilegalmente. “Nós somos contra ocupações ilegais e ocupações de terras. A área rural precisa ser valorizada e protegida”, defendeu. (RR)
VAGAS - Grazi Oliveira (PSOL) criticou a falta de vagas e as longas filas de espera na educação infantil da Capital: "O município de Porto Alegre está de fato negando o direito básico das crianças de estarem dentro da escola e de serem protegidas de todos os cenários que a gente vem enfrentando dentro da nossa sociedade". Ressaltou que, em especial, mulheres "dependem desse espaço seguro para não estar à mercê de outros serviços, inclusive sem fiscalização, largando seu filho a qualquer preço em qualquer lugar". (LP)
AMBIENTE - Giovani Culau e Coletivo (PCdoB) criticou o projeto de alterações no Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMAM) e afirmou que os conselhos têm sido alvo de propostas do Executivo que, “por ora, tiram parte do seu caráter deliberativo e que, de modo geral, buscam restringir a participação da sociedade civil”. Defendeu que “não podemos tirar da composição do COMAM entidades de caráter técnico, como é o caso do Conselho Regional de Biologia. Esse conselho tem uma autoridade que precisa ser respeitada neste momento”. (BPA)